"Os três deputados à Assembleia da República, de uma forma consciente e concertada, pensando na Madeira em primeiro lugar, votam contra a orientação do seu partido a nível nacional, mostrando claramente que para o PS/Madeira primeiro estão os madeirenses e os porto-santenses", disse.

Emanuel Câmara falava no final da reunião da comissão política da estrutura regional do partido, que agendou a eleição do novo presidente para 25 de julho e o congresso para 19 e 20 de setembro, eventos inicialmente previstos para maio, mas que foram adiados devido à pandemia de covid-19.

"Uma mentira dita muitas vezes parece verdade e é bom que os madeirenses e porto-santenses saibam que o Partido Socialista da Madeira, votou ao lado dos madeirenses e porto-santenses", reforçou.

O líder socialista referia-se às críticas feitas recentemente por Miguel Albuquerque, chefe do executivo regional de coligação PSD/CDS-PP, sobre o voto contra do PS aos projetos que suspendem a Lei das Finanças Regionais em relação a limites de endividamento e adiam o pagamento de três prestações (144 milhões de euros) da dívida da Madeira ao Estado.

Os diplomas, apresentados pelo PSD e pelo CDS-PP, foram aprovados na sexta-feira por maioria com o voto contra da generalidade da bancada do PS - embora os três deputados socialistas eleitos pela Madeira tenham votado a favor - e os votos favoráveis de quase todos os restantes partidos (no caso da proposta social-democrata, o PAN absteve-se).

"O PS não votou ao lado das políticas do passado do PSD, que criaram uma dívida que castrou o nosso dia a dia e o futuro dos madeirenses e porto-santenses", alertou Emanuel Câmara.

As eleições para o novo presidente do PS/Madeira, agora marcadas para 25 de julho, deverão contar apenas com um candidato, Paulo Cafôfo, ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal e atual deputado socialista na Assembleia Legislativa regional.

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