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"O Governo Costa dois é mais fraco do que o Governo Costa um"

Marques Mendes comentou a mensagem de Ano Novo de Marcelo, o novo Governo de Costa e a corrida à liderança do PSD.

"O Governo Costa dois é mais fraco do que o Governo Costa um"

Luís Marques Mendes comentou, no seu espaço habitual aos domingos na SIC, três temas da política nacional: A mensagem de Ano Novo do Presidente da República, a 'força' do novo Executivo de António Costa e as eleições diretas no PSD.

Sobre as palavras de Marcelo no novo ano, o comentador diz não acompanhar "os que disseram que esta foi uma mensagem de apoio ao Governo". "Acho que é uma mensagem equidistante quer do Governo quer da oposição", acrescentou.

Esta, de acordo com o ex-líder do PSD, teve três "preocupações centrais": com o crescimento dos populismos, um "puxão de orelhas" ao Governo - quando diz que não teve maioria absoluta e, portanto, tem de dialogar à Esquerda - e um recado para a oposição, sobretudo para o PSD

Já sobre a 'força' do atual Executivo, Marques Mendes foi peremptório: "O Governo que agora está em funções, eu acho que não é nem tão forte nem mais forte do que o Governo anterior. Eu acho que este Governo é mais fraco. O Governo Costa dois é mais fraco do que o Governo Costa um, do meu ponto de vista".

E, para justificar a afirmação, destaca três razões. Primeiro, "é um Governo que tem menos estabilidade". "Tem mais votos, tem mais deputados, mas é um Governo mais precário e mais instável, porque acabou a Geringonça. E agora são acordos à la carte. E pode mesmo vir a cair, não já, mas daqui a eventualmente dois anos, depois de eleições autárquicas", considerou. 

Em segundo lugar "é também um Governo mais fraco porque não tem causas mobilizadoras. O Governo anterior tinha uma causa que era a devolução de rendimentos. Agora há a causa do excedente orçamental, mas essa não mobiliza ninguém".

A terceira e última razão prende-se com o facto de estarmos perante "um Governo cansado": "Olhando para os ministros, é um Governo cansado, desgastado, esgotado, fragilizado. António Costa fez um Governo recauchutado". 

Orçamento do Estado passa ou não?

Para o comentador, "nos passados quatro Orçamentos nunca houve a dúvida se passavam ou não passavam. Toda a gente sabia que passavam", sendo que, agora, "há dúvidas". Mas, de acordo com a opinião de Luís Marques Mendes, o primeiro orçamento "claro que passa", porque "ninguém vai criar uma crise política no primeiro orçamento de uma legislatura". 

Daqui a um ano "o Orçamento para 2021 também passa", porque "ninguém vai querer abrir uma crise política em vésperas de uma eleição para Presidente da República" nem "em véspera da presidência portuguesa da União Europeia". 

O "problema" vai ser daqui a dois anos. Para 2022, "quem é que vai aprovar esse Orçamento?", questiona. "E aí sim pode haver uma crise política".

Quanto ao PCP e ao BE, estes dois partidos "não têm alternativa que não seja absterem-se neste Orçamento" para 2020. Votar a favor "não podem" porque se o fizessem tinham o papel de "amigos úteis do Governo, mas de amigos muito pouco inteligentes deles próprios". 

Segundo Marques Mendes, "também não podem passar já para o voto contra", porque isso seria uma "rotura brutal com o passado e passar do oito para o oitenta nunca é credível".

Corrida à liderança do PSD 

Sublinhando que é "difícil antever" resultados, o comentador considerou que "entre Rui Rio e Luís Montenegro as coisas estão muito empatadas". "Admito que Rio tenha uma ligeira vantagem sobre Montenegro na primeira volta mas muito longe de ter 50% e, vai ter de haver, provavelmente, uma segunda volta", destacou.

Já Miguel Pinto Luz "poderá ter um resultado superior às suas expectativas iniciais", porque "surpreendeu pela positiva", especialmente no debate entre candidatos. Contudo, a 'abertura' ao Chega é "difícil de entender". 

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