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Conselho Europeu: "É evidente que acordo anterior era melhor", diz Costa

O primeiro-ministro português já falou aos jornalistas, esta terça-feira, depois de o Conselho Europeu ter chegado a um acordo sobre as nomeações para os cargos institucionais de topo.

Conselho Europeu: "É evidente que acordo anterior era melhor", diz Costa
Notícias ao Minuto

19:18 - 02/07/19 por Patrícia Martins Carvalho

Política António Costa

Depois de uma maratona negocial que teve início domingo à tarde, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) chegaram a um consenso quanto aos candidatos aos lugares de topo nas diversas instituições da UE.

A alemã Ursula von der Leyen foi a indicada para a presidência da Comissão Europeia, enquanto a francesa Christine Lagarde seguirá para o Banco Central Europeu (BCE). Já o primeiro-ministro belga, o liberal Charles Michel, foi indicado para a presidência do Conselho Europeu e o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, o socialista Josep Borrell, como Alto Representante da UE para a Política Externa.

Para António Costa é importante destacar que “esta solução final demonstra um esforço grande para assegurar o equilíbrio de género, o equilíbrio entre diferentes famílias políticas e também garantir para cada uma das funções pessoas com experiência comprovada”.

Questionado pelos jornalistas em Bruxelas, o primeiro-ministro português apenas lamentou que “as divisões internas do PPE” não tenham permitido a continuidade de acordos que já haviam sido concluídos e que eram “melhores”.

Mas “pior” do que as divisões foi a “permeabilidade dos governos do PPE ao discurso dos países de Visegrado, que é um fator preocupante, e que teve tradução na construção de uma minoria de bloqueio” durante as negociações.

Ainda assim, António Costa destacou que “foi muito importante que, apesar das dificuldades, a Europa não tenha ficado bloqueada na sua capacidade de decisão e que quem o procurou fazer não tenha conseguido lograr o seu objetivo, nem bloqueando a Europa, nem conseguindo qualquer papel relevante”.

Numa longa declaração aos jornalistas, o primeiro-ministro português admitiu que este resultado é uma derrota, na medida em que “é verdade que, por duas vezes, tivemos acordos concluídos que permitiam melhor resultado [inclusivamente o cargo de] presidente da Comissão Europeia”.

E apesar de se dizer “satisfeito por ter havido uma decisão final, satisfeito por cada uma das escolhas ser em si própria boa e satisfeito por ter havido uma solução equilibrada em termos de género, regiões e representação política”, a verdade é que António Costa não deixa de reconhecer que “é evidente que o acordo anterior era melhor”.

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