Só com o PS é "possível manter o equilíbrio na governação"
O secretário-geral socialista encerrou hoje a campanha europeia do seu partido com um discurso em que defendeu que o atual "equilíbrio" governativo só é possível com o PS e que palavra dada "foi mesmo" palavra honrada.
© Global Imagens
Política António Costa
No final do comício do PS, na Praça do Município, em Lisboa, alguns militantes socialistas começaram a gritar "vitória, vitória", já depois de ter terminado o discurso de António Costa e de ter tocado o hino nacional.
António Costa, que ainda estava no palco, ouviu e reagiu imediatamente: "Calma, calma, as eleições [europeias] são só no domingo", disse, tentando travar novamente euforias no seu eleitorado em relação às sondagens favoráveis ao PS.
Na sua intervenção, o líder socialista voltou a destacar a questão das consequências das eleições europeias para o plano nacional e para a continuidade do seu Governo.
"Não tenham dúvidas, só com o PS é possível manter este equilíbrio com determinação, só com o PS é possível manter esta governação no rumo certo, só com o PS não andaremos a governar à bolina, mas de acordo com o programa que apresentámos aos portugueses", sustentou.
Segundo o primeiro-ministro, nos últimos três anos e meio, os compromissos assumidos "foram cumpridos, porque palavra dada tem sido sempre palavra honrada".
"É possível alargar a Europa àquilo que já provámos em Portugal que é possível, porque é possível contas certas com crescimento económico, com criação de emprego, com a melhoria do rendimento das famílias e com a redução das desigualdades. É esse o caminho que também temos de prosseguir à escala europeia", declarou.
No plano europeu, António Costa voltou a defender a necessidade de uma frente europeia, desde o chefe do Governo grego, Alexis Tsipras - "um grande primeiro-ministro, que mostrou que é possível combater as políticas de austeridade"-, até ao Presidente francês, Emmanuel Macron, " que está na primeira linha do combate contra a extrema-direita".
Neste ponto, o secretário-geral do PS considerou "precipitadas" as notícias de "estava morta a social-democracia e o socialismo democrático na Europa", referindo como exemplos recentes sucessos eleitorais em Espanha, na Suécia e, agora, na Holanda e na Dinamarca.
"A nossa família política é a espinha dorsal de uma grande aliança dos democratas e progressistas para fazer a mudança na Europa", concluiu.
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