Capucho defende que PSD devia “regressar às origens” e voltar ao LDR
Ex-militante social-democrata recorda que a família política do PSD, desde a fundação com Sá Carneiro, era o LDR - Grupo Liberal, Democrático e Reformista, e por isso defende que está na altura de "ponderar regressar às origens".
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Política União Europeia
António Capucho considera "tardia" a decisão do Partido Popular Europeu (PPE) de suspender o partido do primeiro-ministro húngaro do grupo parlamentar e que esta "peca por insuficiência". Isto porque “os factos evidenciam atropelos sistemáticos e inaceitáveis aos princípios básicos de um Estado de Direito naquele país membro da União Europeia”, justifica.
Na opinião do ex-militante do PSD, a decisão correta seria a expulsão “pura e simples”.
“Note-se que os deputados daquele partido continuarão sentados no Parlamento Europeu ao lado dos nossos eleitos pelo PSD e pelo CDS”, realça, defendendo que o seu partido “nunca deveria ter saído do LDR – Grupo Liberal, Democrático e Reformista, situado ao centro do espetro político, para integrar o PPE na direita parlamentar”.
Essa mudança, recorda Capucho, deveu-se a uma decisão “controversa dos órgãos nacionais, então liderados por Marcelo Rebelo de Sousa”.
Por isso, defende que “é tempo de [o PSD] de ponderar o regresso às origens” - ao LDR - “a nossa família política desde a fundação com Sá Carneiro”.
PSD e CDS, sublinhe-se, consideraram adequada a suspensão do partido húngaro do PPE. Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas após o anúncio oficial da decisão, dado pelo líder do grupo parlamentar do grupo conservador, Manfred Weber, o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel referiu que "esta é uma decisão boa, no sentido em que o processo com vista à exclusão está aberto, houve uma suspensão automática, preventiva, de todos os direitos do Fidesz".
Também para o eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, esta foi "uma solução que, tendo em conta os interesses que são contrapostos, acabou por ser desejável e a melhor possível". "Tivemos um esforço que foi pedagógico, que foi importante, não pôs de lado a necessidade de marcar posição sobre razões que são de princípio", observou o responsável, falando num "exemplo".
Já os Socialistas, Liberais e Verdes criticam sanção que consideram "tardia" e "branda" do PPE a Orbán.
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