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PCP exige valorização geral dos salários

O líder comunista, Jerónimo de Sousa, pediu hoje maior valorização geral dos salários em Portugal, enquanto o primeiro-ministro elogiou o atual "modelo virtuoso" da economia, no debate parlamentar quinzenal no parlamento.

PCP exige valorização geral dos salários
Notícias ao Minuto

17:32 - 06/02/19 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

"A evolução dos salários em Portugal continua aquém do que é necessário e possível. OS trabalhadores portugueses não conseguiram ainda recuperar os níveis dos salários reais do início do século, do ano 2000. O argumento da produtividade não pega. A variação média nos últimos 18 anos é positiva, logo não há desculpas", afirmou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PCP considerou ainda o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), "nos últimos quatro anos, curto face à maior parte dos países europeus", adiantando o exemplo de Espanha, onde "subiu quase 300 euros".

"É necessária a valorização geral dos salários. É preciso ir mais longe no SMN, indo ao encontro da proposta do PCP de 650 euros para todos os trabalhadores, seja do privado, seja da administração pública. Isso ajuda a puxar para cima os outros salários", argumentou.

António Costa citou dados do Instituto Nacional de Estatística para enfatizar que "o salário médio nacional, entre 2016 e 2018, subiu 60 euros para 888 euros", o "maior aumento desde 2011".

"Temos conseguido repor num quadro de grande recuperação do emprego e com aumento constante das exportações (44% do PIB). Temos conseguido conjugar essa recuperação de vencimentos sem afetar a competitividade da economia, sem prejudicar a criação de emprego, É por isso um modelo virtuoso", vincou.

O primeiro-ministro recordou ter sido prioridade do executivo socialista, "desde o início da legislatura", a "recuperação de rendimentos e direitos".

"Isso expressou-se no calendário fixado para a evolução do SMN, mas também em criar condições para desbloquear a contratação coletiva", disse, salientando ainda a fixação de um mínimo de retribuição na administração pública de 635 euros.

O chefe do Governo acrescentou que a evolução de receitas da Segurança Social regista um aumento de 7% não por qualquer aumento da taxa de contribuições, mas sim devido à criação de emprego e aumento da massa salarial

Jerónimo de Sousa questionou ainda António Costa sobre o atraso no Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), especialmente no setor da ciência e ensino superior.

O primeiro-ministro assegurou que dos "33.823 requerimentos" existentes no "setor público", há "24.000 situações totalmente regularizadas" em muitos dos ministérios em causa, estando o processo "quase a concluir" nos ministérios Finanças, Saúde, Trabalho e Cultura.

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