São "mundos contrastantes", afirmou Assunção Cristas à agência Lusa, depois de visitar os quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, em Lisboa, ver o "computador quântico" da IBM e ter falado com empreendedores de 'start up' portuguesas, na "enorme feira de tecnologia e de ideias" que disse ser a Web Summit.

"Comecei o dia no Mondego a ver o que foram os desastres naturais da passagem do furacão Leslie. Hoje à tarde, vejo muitas empresas e ideias que também se aplicam a prevenir e a ajudar em situações extremas como essas", descreveu, depois de ver como funcionam detetores de fumos e dióxido de carbono para ajudar no combate aos incêndios.

Mas, antes de partir para Helsínquia, para o congresso do PPE, e apesar do "dia particularmente intenso de agenda", quis passar pela "feira de ideias".

São ideias que, disse Assunção Cristas, "têm aplicação em todos os cantos" da sociedade portuguesa, da saúde ao ambiente, a fenómenos meteorológicos extremos.

Acompanhada por Sebastião Lancastre, engenheiro de sistemas e fundador da Easypay, Assunção Cristas viu o supercomputador IBM Q, da "rede de computação quântica" da IBM, que, "se calhar, vai ter a linguagem de programação que vai revolucionar tudo", descreveu.

Depois, visitou várias bancas de empreendedores portugueses, como o PIPA, um programa que ajuda a detetar o autismo nas crianças ou ainda da LadSensors que, apesar do nome, é português e desenvolveu um detetor de incêndios, que funciona a energia solar e é colocado junto à copa das árvores.

A líder centrista, que assinalou "uma evolução permanente e exponencial" nesta feira, admitiu que, tratando-se de 'start up', "umas ideias vão pegar, outras não".

Num tempo de evolução técnica e tecnológica, é necessária uma "dimensão ética" neste desenvolvimento, afirmou Cristas, destacando um crescente número de pessoas a participar no encontro de Lisboa.

A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e em 2016 mudou-se para Lisboa, com uma previsão inicial de ficar três anos.

Em outubro foi anunciado que o evento continuará a ser realizado em Lisboa por mais 10 anos, ou seja, até 2028, mediante contrapartidas anuais de 11 milhões de euros e a expansão da FIL.