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"Dizemos aqui ao António Arnaut que o SNS que ele criou é um orgulho"

António Costa arrancou esta sexta-feira os trabalhos do 22º Congresso do PS, que se realiza durante este fim de semana na Batalha, distrito de Leiria.

"Dizemos aqui ao António Arnaut que o SNS que ele criou é um orgulho"
Notícias ao Minuto

22:00 - 25/05/18 por Anabela de Sousa Dantas e Natacha Nunes Costa com Lusa

Política António Costa

"O Mário Soares legou-nos um grande partido. Legou-nos um partido extraordinário, de gente extraordinária e com uma história que certamente honra e que a nós nos impõe uma enorme responsabilidade", começou por dizer o primeiro-ministro, no seu discurso de abertura do 22º Congresso do Partido Socialista.

António Costa recordou, nas primeiras linhas do seu discurso, os nomes que fundaram o PS, numa altura em que "combatiam a ditadura", em que "muitos tinham sofrido o exílio, a prisão".

"Não foi para estarmos hoje no Governo que há 45 anos eles fundaram o PS, eles fundaram o PS porque já há 45 anos havia uma batalha pela liberdade, pela democracia, pelo progresso, pela igualdade, pela solidariedade, que era preciso travar como hoje continua a ser necessário travar", continuou.

O secretário-geral do PS adiantou que "o combate pela liberdade" não terminou no 25 de Abril. Prosseguiu com o desafio de "alargar cada vez mais o espaço das liberdade individuais", num "combate" em que se "libertou as mulheres portuguesas da criminalização da interrupção voluntária da gravidez", em que se permitiu a duas pessoas do mesmo sexo poder "amar, casar, adotar e ter a família que bem entenderem livremente poder formar".

Neste conjunto de novos desafios que se colocam à liberdade e de oportunidades de alargamento do espaço da liberdade, Costa inclui "a liberdade de poder recorrer à eutanásia, como na próxima semana defenderemos na Assembleia da República".

No que respeita ao poder local, o objetivo é "aprovar o pacote das descentralização" para "colocar a democracia mais próxima do cidadão", dando mais autonomia aos municípios.

Declarando o PS como um "partido europeísta", indicou que, "mesmo nos momentos difíceis da troika", nunca foi colocada em causa a participação na Europa, mas sim a forma como se faz essa participação.

António Costa lembrou 40 anos da reforma do código civil, que se celebrou no ano passado, e que "trouxe o 25 de Abril para dentro da vida das famílias, assegurando a inteira igualdade entre o homem e a mulher no casamento, o princípio fundamental da proteção dos menores no direito da família e acabando com normas absurdas como aquelas que impediam as mulheres de terem conta bancária ou poderem pedir o passaporte sem autorização dos maridos e assegurando que herdavam em pé de igualdade e não como seres menores dentro da família, porque não há família onde as mulheres não sejam iguais aos homens".

"O combate pela igualdade continua a ser um combate permanente para todos nós", continuou, falando nas políticas para integração dos imigrantes.

Sublinhando que "não basta que a lei diga que somos todos iguais para todos termos as mesmas oportunidades", Costa indicou que são necessários esforços do Estado para chegar a esse fim e lembrou o exemplo de António Arnaut: "Numa semana em que perdemos um dos nosso melhores, que perdemos o nosso presidente honorário, nós dizemos aqui todos ao António Arnaut que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ele criou é um orgulho para todos nós e uma enorme responsabilidade para todos nós promovê-lo, defendê-lo, preservá-lo e continuar a alargar o acesso dos portugueses a mais e melhor Saúde".

Homenagem a Mário Soares e viagem à história do partido

O 22.º Congresso Nacional do PS começou às 19h59 desta sexta-feira, na Batalha, em Leiria, sob o lema de ‘Portugal Melhor’ e com a música ‘Tourada’, cantada por Fernando Tordo no Festival da Canção de 1973.

Antes da abertura dos trabalhos, no ecrã gigante, panorâmico, que ocupa praticamente todo o palco passava uma imagem de Mário Soares, o histórico dirigente socialista que morreu em janeiro de 2017, com o slogan ‘Celebrar Mário Soares’, ao mesmo tempo que tocavam músicas de José Afonso, José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira ou Paulo de Carvalho, mas também de Tonicha ou de Simone de Oliveira.

Ainda antes do discurso de António Costa, tempo para homenagear, o ‘pai’ do Serviço Nacional de Saúde, António Arnaut, que morreu no passado dia 21 de maio, e fazer uma viagem pela história do partido.

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