Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 21º

Colheitas de sangue até Maio aumentaram

As colheitas de sangue feitas até final de maio aumentaram 5% face ao período homólogo, ultrapassando as 89 mil unidades, mas o número global de dadores continua a diminuir devido à crise, revelou hoje o instituto do sangue.

Colheitas de sangue até Maio aumentaram
Notícias ao Minuto

17:08 - 14/06/13 por Lusa

País IPST

Durante uma cerimónia de homenagem aos dadores de sangue, o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Helder Trindade, revelou que em 2012 foram produzidas 351.397 unidades de sangue, uma média diária de 962 unidades, das quais 60% correspondem às colheitas do IPST (210.882 unidades).

Assim, até ao final de maio o IPST esperava ter aproximadamente 86 mil unidades colhidas, mas esse valor ascendeu aos 89.536, o que representa um aumento de cerca de 5% face ao mesmo período do ano anterior.

Este aumento é explicado com o aumento do número de brigadas no terreno.

Ainda de acordo com Helder Trindade, ao início da manhã de hoje o país tinha em reserva 15.696 unidades, das quais 9.600 estavam na reserva do IPST.

Segundo o instituto do sangue, considera-se que acima das oito mil unidades de reserva de sangue a situação é segura.

No entanto, o responsável mostrou alguma preocupação face à diminuição do número global de dadores, embora reconheça que tem aumentado o número de novos e de mais jovens dadores.

Para Helder Trindade, a conjuntura de crise explica a diminuição de dadores, com o aumento da emigração, o mal-estar social e as dificuldades financeiras para pagar deslocações mais longas para ir dar sangue.

“Não sabemos como responder a esta situação”, disse.

Também o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, se mostrou preocupado, reconhecendo que em contexto de crise há menos dadores.

“É um problema com que nos confrontamos, a progressiva diminuição do número de dadores”, afirmou, acrescentando que, apesar da programação de dádivas que é feita ao longo do ano, é necessário aumentar o número de dadores e de dadores mais novos.

Questionado sobre as medidas que o Governo pode adotar para incentivar as dádivas, Leal da Costa afirmou que o Ministério da Saúde “pode fazer relativamente pouco, para além de pedir para as pessoas reconhecerem a importância da dádiva”.

Sobre a não isenção dos dadores nas urgências hospitalares, o Governante rejeitou que esse seja um dos motivos da diminuição dos dadores.

“Não estou convicto de que seja por perder a isenção das taxas moderadoras nas urgências hospitalares (uma vez que nos cuidados de saúde primários estão isentos) que uma população saudável se vai afastar das dádivas”, afirmou.

Uma das formas que o Governo encontrou de reconhecer as dádivas foi organizar esta cerimónia de homenagem com entrega de medalhas a dadores com mais de cem dádivas feitas.

Um dos homenageados, João Monteiro, de 65 anos, começou a dar sangue aos 21 anos e conta hoje no seu “currículo de dador” com 146 dádivas.

Virgílio Teixeira, de 63 anos, deu sangue 109 vezes desde os seus 26 anos, enquanto João Oliveira conta 107 dádivas entre os 21 e os 62 anos.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório