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Remoção de resíduos perigosos atingiu 80% e finda em março

O processo de remoção dos resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, atingiu os 80% e deverá terminar em março, indicou hoje o presidente da junta.

Remoção de resíduos perigosos atingiu 80% e finda em março
Notícias ao Minuto

15:13 - 16/02/15 por Lusa

País São Pedro da Cova

O presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Daniel Vieira, que disse citar dados da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), falava à agência Lusa após uma visita ao local onde 88 mil toneladas de resíduos industriais provenientes da Siderurgia Nacional foram depositadas, entre maio de 2001 e março de 2002.

O processo de remoção, iniciado em outubro de 2014, deve terminar em março e até final de maio estima-se que os trabalhos de desmontagem de estaleiros fiquem concluídos, pelo que o autarca local exige agora pormenores sobre o futuro da zona.

"Agora a questão central é: e depois? O que é que está previsto daqui por dois meses?", questionou Daniel Vieira que, após esta visita de balanço, vai colocar as suas dúvidas ao Ministério do Ambiente.

O espaço, localizado no concelho de Gondomar, tem sido apontado como parte integrante do futuro "Pulmão Verde da Área Metropolitana do Porto", projeto que está a ser dinamizado por este município do distrito do Porto, bem como pelas câmaras de Valongo e de Paredes.

"Embrionário" é como Daniel Vieira adjetiva este projeto, recordando que serão necessárias candidaturas a fundos europeus, pelo que "falar do Pulmão Verde a médio prazo" não resolve "o problema de imediato", disse à Lusa o autarca.

"É preciso saber como vai ser a reposição das terras limpas", referiu, defendendo a requalificação ambiental, mas também a preservação do antigo complexo mineiro a nível cultural.

A visita foi solicitada pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova à CCDR-N e à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade que tem vindo a monitorizar a qualidade da água no local.

A APA divulgou a 26 de janeiro que as águas subterrâneas têm apenas qualidade para rega e não para consumo, facto que, de acordo com Daniel Vieira hoje reiteraram com a explicação de que isto "não resulta dos resíduos perigosos, mas de se tratar de uma zona mineira com água muito férrea".

O autarca defende, no entanto, que ações de divulgação e de esclarecimentos junto da população são "indispensáveis", perante "a gravidade de um problema ambiental" e do relatório de 2011 do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que dava conta de que "as consequências poderiam não se verificar no terreno, mas sim no futuro, por causa da lixiviação do material".

No âmbito da retirada dos resíduos, estima-se que a freguesia de São Pedro da Cova seja atravessada diariamente por cerca de 80 camiões. Daniel Vieira exige também que seja avaliado o "impacto" desta empreitada e "compensada" a população.

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