"Sócrates quer mostrar que não está esquecido. É tiro falhado"
Para o antigo líder dos sociais-democratas, Marques Mendes, a entrevista de José Sócrates à SIC foi "um tiro falhado". Para o antigo líder do PSD, esta é uma tentativa de "mostrar que não está esquecido" e ainda "influenciar os tribunais".
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País Marques Mendes
No comentário semanal na SIC, Luís Marques Mendes abordou as declarações de José Sócrates e a falta de medicamentos para a Hepatite C.
Sobre o antigo primeiro-ministro, as palavras de Marques Mendes foram duras. “Foi um tiro falhado esta entrevista. Porque é que Sócrates faz isto?”, questiona.
“Faz uma prova de vida, para mostrar que não está esquecido e ainda para tentar influenciar os tribunais. Mas as declarações dele já estão banalizadas”, continua.
O antigo líder dos sociais-democratas garante que “os tribunais não gostam de pressão na praça pública”.
Mas algo ficou por explicar. A questão dos empréstimos recebidos. Para Marques Mendes Sócrates falhou nas explicações. “Já que ele resolveu dar a entrevista, podia ter explicado a questão dos empréstimos. Passou por isso como cão por vinha vindimada”, frisa.
Distribuição do medicamento contra a Hepatite C
Relativamente à questão que marcou a semana que passou, a morte de uma paciente devido à falta de medicamentos da Hepatite C, Marques Mendes acha que foi feito um “excelente acordo com a indústria farmacêutica”. No entanto, foi preciso ter-se verificado uma morte para algo mudar.
“Vai permitir tratar milhares de doentes com Hepatite C. Pelos termos de negociação, o Estado não paga por medicamento mas sim por cada tratamento. Também ficou garantido no acordo que só se houver pacientes curados é que o Estado paga. Nesta parte, o ministro merece um cumprimento”, refere satisfeito.
Contudo, deixou críticas à forma como o Governo geriu este caso. “Acho que a gestão política deste processo foi calamitosa. Há muitos membros do Governo que andam deslumbrados com números e estatísticas. É muito importante ter sensibilidade com as pessoas”.
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