Norte com quatro estações de aviso para vinha, olival e castanheiro
O norte do país possui quatro estações de avisos que emitem circulares de aconselhamento para as culturas mais significativas da região como a vinha, as hortícolas, o olival e, a partir do próximo ano, o castanheiro.
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País Estrutura
A Rede Agrometeorológica da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) é composta pelas estações de avisos do Douro (Peso da Régua), Entre Douro e Minho (Matosinhos), Norte Transmontano (Chaves) e Terra Quente (Mirandela). Em todo o país existem cerca de 20 inseridas no Serviço Nacional de Avisos Agrícolas.
Estas estruturas recolhem informação climática, fornecidas pelas estações meteorológicas, e ainda biológica e, com base nos dados, emitem alertas para a realização dos tratamentos fitossanitários necessários para proteger as diversas culturas.
Maria Manuel Mesquita, da Direção de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar e Licenciamento, da DRAPN, disse hoje à agência Lusa que a Estação do Douro é mais antiga do país, assinalando em novembro 50 anos de trabalho ininterrupto.
Lançado a 01 de maio de 1964, o primeiro aviso para os viticultores durienses foi, na altura, um serviço pioneiro em Portugal em matéria de previsão fitossanitária.
Esta estação possui 1.350 assinantes, que recebem a informação via e-mail ou correio tradicional e os conselhos centram-se essencialmente na cultura da vinha.
A estrutura de Entre Douro e Minho tem 3.290 assinantes e emite também avisos para a vinha, mas faz ainda recomendações técnicas para outras culturas como as fruteiras ou hortícolas.
A Estação de Avisos do Norte Transmontano, com 166 assinantes, foi criada a pensar no cultivo da batata de semente, mas com a perda de importância deste produto e a redução do número de campos, passou a fornecer informações sobre a vinha.
"Temos estado a fazer estudos nestes quatro anos e já este ano saiu um aviso para o castanheiro. Estamos agora em condições de, a partir do próximo ano, emitir alertas para a cultura da castanha", referiu Maria Manuel Mesquita.
Este ano saiu já um primeiro aviso que alertava os agricultores para um fungo, a septoriose do castanheiro que encontrou no verão ameno as condições ideias de desenvolvimento e provocou uma perda acentuada na produção de castanha.
A Estação de Avisos da Terra Quente é a mais recente da rede, possui 264 subscritores e emite avisos para a cultura do olival.
A responsável referiu que a DRAPN tem feito nos últimos tempos "um investimento significativo na melhoria da rede agrometeorológica, nomeadamente a nível de equipamentos, para cada vez mais dar "uma resposta de qualidade aos agricultores".
O último projeto representou um investimento de 80 mil euros na aquisição de sensores e na requalificação das estações.
PLI // JGJ
Noticias Ao Minuto/Lusa
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