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Área ardida? "Temos de evitar estar a fazer balanços nesta altura"

José Luís Carneiro visita hoje Serra de Montejunto, no Cadaval.

Área ardida? "Temos de evitar estar a fazer balanços nesta altura"
Notícias ao Minuto

10:43 - 17/08/23 por Teresa Banha

País Incêndios

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro recusou, esta quinta-feira, fazer balanços sobre a aérea ardida na sequência de incêndios florestais, devido a ainda ser uma altura "no meio do verão".

"Devemos evitar estar a fazer balanços - se estamos com números muito positivos ou negativos - porque, como se viu há dias, em Odemira, no espaço de uma hora, arderam 1.700 hectares. No espaço de uma hora, foram percorridos quase 200 quilómetros com um incêndio", referiu em declarações aos jornalistas, na Serra de Montejunto, no Cadaval. 

Questionado sobre se a área ardida era maior do que a do ano passado, o responsável pela administração Interna reforçou: "Temos de evitar estar a fazer balanços nesta altura. Os balanços devem-se fazer quando chegarem as chuvas do outono e do inverno".

O ministro sublinhou que eram necessários cuidados para o combate aos incêndios, exemplificando com o período entre 20 e 25 de agosto. "Vamos ter tempos muito difíceis. É muito importante que todos evitem o uso do fogo", aconselhou.

O responsável destacou ainda que houve 51 mil patrulhas que aconteceram neste âmbito desde janeiro deste ano até sexta-feira passada, 11 de agosto. "Estamos a falar do empenhamento de milhares de militares", atirou, referindo-se a membros das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana (GNR)

José Luís Carneiro notou ainda que ao dia de hoje, a GNR está com uma média de 200 patrulhas - enquanto as Forças Armadas dão conta de 50 patrulhas -  e falou sobre a importância desta atuação. "Para garantir a fiscalização de tudo o que sejam movimentos que possem efetivamente constituir ameaça ou risco para a floresta - nomeadamente da sua proteção contra os incêndios", reforçou.

Questionado sobre se a Justiça deveria ser mais dura para com os incendiários, José Luís Carneiro sublinhou que as "forças de aplicação da lei cumprem o que está previsto na lei". 

"Este ano estamos com cerca de 2/3 dos incêndios que têm como causa a negligência no uso de fogo", apontou, explicando que este uso de fogo muitas vezes acontecia em convívios sociais ou ações para fins domésticos, como, por exemplo, "queima de resíduos, queima de restos de limpezas que são realizadas do ponto de vista da prática agrícola como prática de complementaridade a outros rendimentos".

[Notícia atualizada às 10h57]

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