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Kyleena: Será este o contracetivo que vem substituir a pílula?

É apresentada como um método com vinte vezes menos hormonas e menos efeitos secundários que a pílula. O Notícias ao Minuto falou com a presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção para perceber as potencialidades deste novo produto.

Kyleena: Será este o contracetivo que vem substituir a pílula?
Notícias ao Minuto

10:15 - 21/02/18 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Método contracetivo

Embora seja um método de contraceção eficaz, muitas mulheres deparam-se com os efeitos negativos da pílula como ganho de peso ou, em cenários mais graves, perda de memória, depressão ou mesmo, embora menos comum, risco de AVC – a principal causa de morte em Portugal, segundo a CUF

Uma nova descoberta teve em conta estas contrapartidas – bem como a necessidade de tomar a pílula diariamente – ao criar um novo método contracetivo, como conta a Women’s Health UK

Chama-se Kyleena e parece promissor. É um dispositivo em forma de T, feito de um material plástico bastante flexível, que se coloca no útero, onde produz diariamente uma pequena quantidade de levonorgestrel, uma hormona que que “tem como efeito o espessamento do muco cervical, o que impede a progressão dos espermatozóides na cavidade uterina, impedindo assim a fecundação”, explica Paula Bombas, Presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção.

Este não é, contudo, o primeiro método contracetivo que se coloca no útero e produz levonorgestrel. Como refere a especialista, a Kyleena “será um terceiro da mesma família de Jaydess e Mirena”, outros sistemas de contraceção intrauterinos com Levonorgestrel, já existentes em Portugal, que se colocam no útero de forma simples, numa consulta de planeamento familiar, “sem necessidade de anestesia”, esclarece.

A vantagem da Kyleena em relação aos já existentes está contudo no tamanho, que é bem mais pequeno. Quanto à quantidade de levonorgestrel produzida, Teresa Bombas aponta que é de 13,5mg no caso da Jaydess, 19,5mg na Kyleena e 52mg na Mirena. Acerca do tempo de duração da contraceção é de 3, 5 e 7 anos, respetivamente.

Esta nova opção, a par dos anteriores métodos intrauterinos, surgem assim como alternativa a quem procura evitar o consumo excessivo de hormonas, bem como quem se esquece de tomar a pílula com frequência. Segundo aponta a revista estrangeira, uma em cada cinco mulheres esquece-se de tomar a pílula pelo menos dez vezes por ano.

Embora a média seja de 20 vezes menos hormonas produzidas que a pílula mais ‘leve’ existente no mercado, estudos garantem que a Kyleena tem uma eficácia de 99% enquanto método contracetivo.

Por ser bastante pequena e colocada no útero em vez de na vagina, o novo contracetivo não é sentido durante o ato sexual. Além disso, depois de colocado, previne gravidezes por cinco anos e assim que é retirado, a fertilidade volta ao normal, não sendo afetada de nenhum modo.

Quanto à sua presença em Portugal, Teresa Bombas refere que a “a companhia ainda não informou” sobre a data em que tal possa vir a acontecer. Contudo, “já está a ser comercializado noutros países da Europa e esperamos que Portugal seja o próximo”.

Para a Presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção, “os métodos contracetivos intrauterinos hormonais são ma excelente opção em contraceção. São muito eficazes, seguros, permitem uma contraceção de longa duração e têm benefícios na qualidade de vida da mulher”, por exemplo, a nível de controlo do fluxo menstrual abundante.

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