Bósnia-Herzegovina receia "crise" migratória com origem na Grécia
A Bósnia-Herzegovina receia uma "crise" migratória provocada por uma passagem massiva de migrantes vindos da Grécia, declarou hoje o ministro da Segurança, alertando que o seu país não terá capacidade para gerir este novo fluxo.
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Mundo Ministro
A situação "complica-se na rota balcânica", declarou Dragan Mektic, ao considerar que atualmente "concentram-se entre a Grécia e a Bósnia entre 45.000 a 50.000 migrantes".
"Podemos supor que um número de migrantes tão elevado tenha a intenção de atravessar os Balcãs ocidentais (...) para atingir a Europa ocidental", prosseguiu no decurso de uma conferência de imprensa.
Centenas de milhares de migrantes, na maioria provenientes do Médio Oriente, atravessaram os Balcãs em 2015 e 2016, seguindo uma rota que percorria a Macedónia (Fyrom), Sérvia e a Croácia, ou a Hungria.
Esta rota foi interrompida após o encerramento das fronteiras da União Europeia (UE) no início de 2016, apesar das tentativas de entradas clandestinas, e desde então decorre de forma muito pausada.
Desde há alguns meses, e segundo as ONG, os migrantes e refugiados, deslocando-se em pequenos grupos, optaram por uma rota alternativa que abrange a Albânia, Montenegro e Bósnia, apesar de os números permanecerem muito reduzidos em comparação com os fluxos contínuos em 2015 e 2016.
No entanto, a partir de outubro de 2017 o seu número está a aumentar na Bósnia-Herzegovina. Desde o início de janeiro passado foram intercetados cerca de 640 migrantes em situação irregular, enquanto outros 660 foram impedidos de atravessar a fronteira, indicou na segunda-feira a polícia de fronteiras.
O ministro Mektic garantiu que a situação permanece sob controlo atualmente, mas deplorou a escassez de efetivos da polícia de fronteiras "e quando entramos numa crise".
"Esgotamos os nossos efetivos ao deslocá-los de uma fronteira para outra", disse. Segundo referiu, uma vigilância eficaz dos 1.500 quilómetros da fronteira da Bósnia implicaria um aumento de 20%, para garantir um mínimo de 500 guardas fronteiriços.
Segundo a ONG sérvia de ajuda aos migrantes Info Park, cerca de 3.500 migrantes encontram-se atualmente na Sérvia, permanecendo o país dos Balcãs ocidentais mais atingido pelos êxodos migratórios.
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