União Europeia quer ser "plataforma global" para investimentos verdes
A União Europeia quer ser "a plataforma global" para os investimentos em tecnologias verdes aproveitando a dimensão do mercado único e pretende apresentar um "plano de ação sobre finanças sustentáveis" nos próximos três meses.
© Reuters
Mundo Clima
Esta é uma das dez iniciativas hoje anunciadas pela Comissão Europeia na Cimeira Um Planeta (One Planet Summit), a decorrer em Paris, promovida pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e que reúne chefes de Estado e de Governo, além de outras personalidades, para marcar os dois anos do Acordo de Paris contra as alterações climáticas.
Com o objetivo de tornar a Europa a referência mundial sobre este tema, a 22 de março de 2018 deverá realizar-se em Bruxelas uma conferência de alto nível sobre "o papel dos serviços financeiros na transição para uma economia sustentável", referiu o vice-presidente do executivo comunitário Valdis Dombrovskis.
O desafio para a União Europeia (UE) para cumprir os seus compromissos estipulados no Acordo de Paris no horizonte 2030 e concretizar a transição energética passa por captar 180 mil milhões de euros anuais de investimentos, mas isso, alertou o responsável europeu, só se conseguirá com o setor privado.
"Precisamos de um efeito 'bola de neve' que atraia mais investidores" e, ao mesmo tempo, que estes "olhem além do lucro a curto prazo", defendeu o vice-presidente da Comissão Europeia.
Por isso, a sua ideia de integrar o critério de "sustentabilidade" nas regras dos gestores de fundos e dos investidores institucionais.
Trata-se de fixar "uma linguagem comum para o que é considerado verde e sustentável" através de uma definição europeia e uma classificação de obrigações verdes e fundos de investimento verdes, o que, defende, vai acelerar a entrada de capital.
Valdis Dombrovskis considerou que os bancos necessitam de maiores incentivos para entrar na economia verde e, por isso, a Comissão Europeia está a analisar formas de alterar as suas obrigações de capital para acelerar os investimentos e os créditos.
Outra das iniciativas comunitárias é o plano de investimento externo destinado a países em desenvolvimento em África e aos seus vizinhos, como a Ucrânia, a partir do fundo para o desenvolvimento sustentável.
A partir de uma base de 4,1 mil milhões de euros de verbas orçamentais, a meta é atrair 44 mil milhões de euros de investimentos.
O executivo comunitário também prevê ajudar as cidades a aplicar as suas próprias medidas para atenuar os efeitos de aquecimento global, as ilhas a reduzir a dependência energética através de fontes renováveis e regiões fortemente dependentes do carvão a transformarem a sua economia em outra de baixas emissões de dióxido de carbono.
Também pretende avançar com um novo instrumento para financiar projetos para conseguir edifícios mais eficientes no consumo de energia e redirecionar investimentos para a inovação em energias limpas e ciências do clima.
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