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Puigdemont: "O governo espanhol renunciou à democracia"

Líder destituído da Generalitat pede a libertação dos conselheiros e apelida o governo espanhol de "clã furioso do 155". Apela à resistência pacífica, e antevê "longa e feroz repressão" por parte de Madrid.

Puigdemont: "O governo espanhol renunciou à democracia"
Notícias ao Minuto

20:09 - 02/11/17 por Pedro Bastos Reis

Mundo Catalunha

Depois de oito ex-conselheiros da Generalitat terem ficado em prisão preventiva, Carles Puigdemont quebrou finalmente o silêncio.

O ex-líder da Catalunha, que não compareceu perante a justiça espanhola e que está, neste momento, na Bélgica, afirmou que o governo catalão foi preso “pelas suas ideias” e que o “clã furioso do [artigo 155]” quer prender os membros da destituída Generalitat. 

“O governo legítimo da Catalunha foi preso pelas suas ideias e por ter sido leal ao mandato aprovado pelo parlamento catalão”, começou por escrever Puigdemont. 

Depois, o ex-líder da Generalitat apelidou o governo espanhol de "clã furioso do 155", numa referência à entrada em vigor do artigo da constituição espanhola, que limita os poderes da região autónoma da Catalunha. 

Carles Puigdemont não se ficou por aqui e exigiu a libertação dos ex-conselheiros. "Como presidente legítimo, exijo a libertação dos conselheiros e o fim da repressão política".

Numa declaração transmitida pela TV3, afirmou. a partir de Bruxelas, que a decisão da justiça espanhola foi "um erro muito grave, um gravíssimo atentado à democracia". Por isso, diz, "o governo espanhol renunciou à democracia". 

Para os próximos tempos, Puigdemont antevê uma "longa e feroz repressão" e apela, por isso, à resistência pacífica dos catalães. "Espera-nos uma longa e feroz repressão. Temos de combater esta situação como só os catalães sabem, sem violência e com paz. O meu apoio e calor a todas as pessoas que ficaram surpreendidas com a situação. Temos de combater sem violência". 

Antes destas declarações, o advogado de Puigdemont afirmou que o seu cliente está disponível para cooperar com as autoridades espanholas. "Vamos fazer tudo o que pudermos para colaborar com a polícia belga", garantiu.

Uma vez que Puigdemont não compareceu perante o tribunal, foi emitido um mandado de captura europeu. 

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