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Capacete de Pessa exposto em Londres para recordar serviço da BBC

O capacete usado pelo jornalista Fernando Pessa, durante a II Guerra Mundial, em Londres, onde foi repórter da BBC, está exposto na universidade King's College, na capital britânica.

Capacete de Pessa exposto em Londres para recordar serviço da BBC
Notícias ao Minuto

12:50 - 13/10/17 por Lusa

Mundo Jornalista

O capacete, com o seu nome inscrito, e que faz parte do espólio do jornalista (1902-2002), surge entre uma série de objetos, fotografias, documentos, em vídeo e em áudio, que retratam a história do serviço de rádio em português da emissora pública britânica, cedidos pela RTP e pela BBC.

A exposição "As Vozes de Londres: o Serviço Mundial da BBC em Portugal e no Brasil" recorda outras vozes que marcaram o serviço em língua portuguesa, como António Pedro e, mais tarde, António Cartaxo, disse à agência Lusa o diretor do Centro de Estudos em Língua e Cultura Portuguesa do Instituto Camões, na universidade.

António Pedro destacou-se em particular pelas suas crónicas na "voz da democracia", de janeiro de 1944 a outubro de 1945, acompanhando o termo da II Guerra Mundial, e António Cartaxo fez parte do serviço português da BBC de 1963 a 1975, seguindo igualmente contra a corrente dominante de informação dos anos da ditadura.

A exposição enquadra-se no facto de o King's College ter passado a ocupar o edifício Bush House, que acolheu o Serviço Mundial da BBC durante várias décadas, no qual estava integrada a seção portuguesa, que deixou de emitir definitivamente em 2011.

Para João Silvestre, esta exposição é importante para mostrar a importância deste serviço em língua portuguesa, que, além da propaganda a favor dos aliados, teve um impacto ao nível do jornalismo e da forma como se fazia rádio.

"O serviço português criou uma escola de rigor e irreverência, treinando jornalistas que cumpriam a função última de informar, ora contra os interesses dos governos de Portugal e do Brasil [em ditadura], ora contra as conveniências do governo inglês, que procurava evitar conflitos diplomáticos", salientou.

A exposição, que encerra hoje, inicia uma série de iniciativas que vão assinalar a presença dos estudos portugueses no King's College, cuja Cátedra Camões comemora cem anos de existência em 2019. 

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