Governo e grupos armados retomam processo de paz no Mali
O governo e os grupos armados signatários do acordo de Argel relançaram o processo de paz no Mali com a conclusão de um novo calendário de aplicação do acordo, dois anos após ter sido assinado, segundo fontes oficiais.
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Mundo Acordo
"A plataforma [grupos armados pró-governamentais], a Coordenação dos Movimentos de Azawad [CMA, ex-rebelião] e o governo do Mali discutiram diretamente e correu bem", afirmou à AFP Mohamed Ould Matali, deputado da maioria presidencial e membro da plataforma.
Confirmando "o bom ambiente" das discussões, Ilad Ag Mohamed, porta-voz da CMA, disse que as três partes "chegaram a um acordo comum relativamente a um cronograma de aplicação de tarefas urgentes".
"Queremos dar um novo impulso ao acordo de paz. Daqui até 20 de julho, o MOC [Mecanismo Operacional de coordenação que deve organizar patrulhas mistas no terreno, entre os diferentes grupos armados signatários do acordo de Argel] poderá estar operacional, incluindo em Kidal [nas mãos da ex-rebelião]", acrescentou.
Ilad Ag Mohamed disse ainda que "as autoridades provisórias serão instaladas até 31 de julho, incluindo em Kidal e em todas as outras regiões" e que, "até 30 de setembro, as questões de justiça transnacional deverão ter uma solução".
Questionado sobre qual a data de regresso da administração do Mali a Kidal, que continua ocupada pelos ex-rebeldes da CMA, Ilad Ag Mohamed respondeu que "daqui até 20 de julho, as linhas vão mover-se".
No domingo, um militar português foi morto em confrontos ocorridos no Mali, onde integrava desde maio o contingente luso destacado naquele país africano.
O sargento-ajudante Gil Fernando Paiva Benido, 42 anos, integrava a Missão de Treino da União Europeia no Mali e morreu "na sequência de um ataque de elementos rebeldes que provocou outras baixas entre elementos de outros contingentes", segundo o Exército português.
A missão da União Europeia no Mali é uma missão de aconselhamento e treino das forças locais.
Os militares portugueses, que participam na missão desde 2013, prestam ações de formação em tiro, aconselhamento em matérias relativas à constituição e organização das forças do Mali.
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