Tim Farron pede demissão de Theresa May e pausa no Brexit
A primeira-ministra, Theresa May, deve demitir-se e as negociações para o 'Brexit' ser suspensas", defendeu hoje o líder dos Liberais Democratas, Tim Farron, que reivindicou um resultado positivo nas eleições legislativas.
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"Fizemos progressos e vamos para o parlamento numa posição mais forte", disse, numa conferência de imprensa, a propósito dos três deputados adicionais que foram eleitos aos nove que possuíam.
Porém, ao mesmo tempo que saudou regresso de pessoas como Vince Cable e Ed Davey e de outras novas caras, lamentou perda de colegas, incluindo o antigo líder Nick Clegg.
"É um gigante da política britânica, um herói", disse, lembrando o preço político que pagou por ter feito parte do Governo de coligação com o partido Conservador entre 2010 e 2015.
Farron recordou que há sete anos "o país estava à beira de um precipício" e que os Lib Dems forçaram políticas positivas na Educação, na aprovação do casamento homossexual e na redução dos impostos.
"Theresa May esperava uma coroação", disse Farron, considerando que a primeira-ministra convocou eleições antecipadas por "pura arrogância e vaidade".
"E agora reivindica direito para formar a sua própria 'coligação caótica'", gracejou, uma expressão usada por May para descrever uma aliança entre os Trabalhistas e outros partidos à esquerda.
Segundo Farron, os Lib Dems nunca aceitarão uma nova coligação ou acordo parlamentar com os 'tories' e convidou a primeira-ministra a demitir-se.
Porém, segundo o próprio gabinete, Theresa May está a caminho do Palácio de Buckingham para pedir autorização para formar um Governo, alegadamente com o apoio do Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte.
Declarados 649 dos 650 lugares na Câmara dos Comuns, o partido Conservador elegeu 318, menos oito do que os necessários para uma maioria absoluta e menos 12 do que aqueles que tinha antes das eleições.
O partido Trabalhista adicionou 32 aos 229 que possuía, somando 261 deputados.
O Partido Nacionalista Escocês conquistou 35 lugares (-21), os Liberais Democratas 12 (+3), o Partido Democrático Unionista (Irlanda do Norte) 10 (+2), o Sinn Féin sete (+3), os nacionalistas galeses do Plaid Cymru quatro (+1), os Verdes um e foi eleito um independente na Irlanda do Norte.
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