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São-Tomé faz parceria com Brasil para avaliar formação superior no país

O governo são-tomense estabeleceu uma parceria com o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), do Brasil, para avaliar a formação superior feita nas universidades do país, anunciou hoje o ministro da Educação, Cultura, Ciência e Comunicação, Olinto Daio.

São-Tomé faz parceria com Brasil para avaliar formação superior no país
Notícias ao Minuto

19:07 - 29/05/17 por Lusa

Mundo Governo

"Este projeto visa uma nova abordagem do ensino superior em São Tomé e Príncipe e neste projeto estamos numa parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP)", disse Olinto Daio.

O governo manifesta-se preocupado com a qualidade do ensino superior no arquipélago, considerando por isso necessário "olhar seriamente" para esta área de formação.

"Tendo em conta os objetivos que nós queremos atingir e porque precisamos criar um sistema científico forte, um ensino superior forte, precisamos ter domínios de algumas ferramentas para que nós possamos construir a longo do tempo um sistema de avaliação deste setor", explicou o governante

Olinto Daio, que falava na abertura do primeiro seminário sobre o sistema de avaliação do ensino superior, lembra que as transformações que estão a acontecer em São Tomé e Príncipe requerem mais ambição e audácia.

O projeto em curso com a parceria brasileira vai durar 18 meses.

Uma equipa técnica brasileira está na capital são-tomense para ajudar a montar um sistema e estabelecer uma série de normativos e criar uma equipa de quadros nacionais que possam dar respostas a essas questões de avaliação e acreditação do ensino superior são-tomense.

"Queremos um cidadão bem formado, capaz de competir com outros estudantes universitários, ou um professor universitário capaz de participar num projeto científico com outros pares internacionais e tudo isso requer percorrer um caminho serio e sólido", sublinhou o ministro da educação.

O governo diz ter constatado que o ensino superior no país tem "anomalias preocupantes".

"Os cursos não são dados com o rigor que é exigido, o perfil dos docentes não é tido em conta, o perfil da entrada dos alunos não é rigorosamente definido, as condições laboratoriais precárias remetem-nos todos a uma reflexão profunda", disse, por seu lado, o diretor do Ensino Superior são-tomense, Agostinho Sousa.

São Tomé e Príncipe tem três universidades: a Universidade Lusíada de São Tomé e o Instituto Universitário de Contabilidade, Administração e Informática (IUCAI), que são privadas, e a Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP), que é pública.

Estas três instituições de ensino superior já formaram pelo menos um milhar de quadros muitos dos quais trabalham da administração pública e empresas privadas do país.

O governo fez os cálculos e concluiu que uma formação feita no estrangeiro custa quatro vezes mais que a que é feita no país.

A aposta das autoridades são-tomenses é reverter essa tendência, encontrando soluções para avaliar o ensino superior no país, que "está em franco crescimento" para lhe conferir maior qualidade.

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