Papa adverte contra clericalismo. "Uma peste na Igreja"
O Papa Francisco criticou hoje o "clericalismo", que classificou como "uma peste na Igreja" de que os padres "devem fugir", porque "afasta as pessoas".
© Lusa
Mundo Aviação
O Papa respondia, a bordo do voo Papal no regresso de Fátima, a uma pergunta da agência Lusa, em nome dos jornalistas de língua portuguesa, sobre o distanciamento entre populações de maioria católica mas cuja organização é contrária às orientações da Igreja, como o casamento entre homossexuais, a despenalização do aborto ou a eutanásia.
Francisco considerou que está em causa "um problema político".
"Também, a consciência católica não é consciência, às vezes, de pertença total à Igreja. Por detrás, não há uma catequese matizada, uma catequese humana", comentou.
Para Francisco, "falta informação e também cultura", além de um "trabalho de catequese, de consciencialização, de diálogo, de valores humanos".
De seguida, o líder da Igreja Católica disse que "é curioso que em algumas regiões, como Itália, como a América Latina, são muito católicos, mas são anticlericais".
"É um fenómeno que acontece", referiu.
Questionado se este fenómeno o preocupa, respondeu afirmativamente.
"Claro que me preocupa. Por isso digo aos sacerdotes: fujam do clericalismo, porque o clericalismo afasta as pessoas", salientou.
"Fujam do clericalismo, e acrescento: é uma peste na Igreja", disse ainda.
Francisco regressou a Roma depois de ter visitado Fátima durante menos de 24 horas, mais exatamente 23 horas e 47 minutos.
O Papa esteve em Fátima para presidir às cerimónias do centenário das "aparições" e à canonização de Jacinta e Francisco Marto, duas das crianças que em 1917 afirmaram ter visto Nossa Senhora na Cova de Iria.
Esta foi a sexta visita de um Papa ao Santuário de Fátima. Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010) foram os anteriores pontífices a visitar Portugal.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com