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Os dissidentes que (ainda) sonham impedir eleição de Trump

Há uma petição online a decorrer que pede Hillary Clinton na presidência e que já tem milhões de assinaturas.

Os dissidentes que (ainda) sonham impedir eleição de Trump
Notícias ao Minuto

12:30 - 15/11/16 por Pedro Filipe Pina

Mundo Estados Unidos

Os norte-americanos têm um sistema próprio para eleger o seu Presidente. É isso que explica o facto de Hillary Clinton ter tido cerca de 200 mil votos a mais do que Donald Trump não servir para ser ela a sucessora de Barack Obama.

Posto de forma simples, na maior parte dos Estados norte-americanos funciona a lógica do ‘winner takes all’, isto é, o vencedor do estado não fica apenas com os votos de quem votou nele. Fica com todos os votos do estado, que permitem eleger pessoas para o Colégio Eleitoral. É neste Colégio Eleitoral que se confirma a escolha saída das urnas.

Ora, ao longo da história foram raras as estórias de dissidentes no Colégio Eleitoral. Falamos de pessoas de quem era esperado que votassem no candidato que venceu no seu estado mas que acabaram por votar noutro candidato.

Nesta altura, há duas figuras, ligadas ao partido democrata e membros do Colégio Eleitoral, que querem que outros membros do Colégio Eleitoral não votem em Trump. Se conseguissem vários dissidentes republicanos do seu lado, Trump não seria automaticamente eleito e a responsabilidade passava para a Casa dos Representantes, como explicaram os promotores da ideia ao site Politico.

Os promotores da ideia são Michael Baca, do Colorado, e Bret Chiafalo, de Washington. Os dois integram o Colégio Eleitoral e asseguram que já tinham ponderado votar contra a própria Hillary Clinton. As suas preocupações em relação a Trump são bastante públicas: não o consideram apto para ser Presidente.

Ora Michael Baca e Bret Chiafalo estão à procura de republicanos que assumam publicamente que não querem votar em Trump, o que poderia abrir caminho a novas dissidências.

Se conseguissem um total de 37 republicanos disponíveis para sugerir os nomes de outros republicanos (Mitt Romney, anterior candidato que perdeu contra Barack Obama em 2012, é um deles), poderiam levar a decisão até à Casa dos Representantes, abrindo caminho a uma histórica não eleição de um candidato eleito.

Entretanto, continua a circular online uma petição que apela igualmente à dissidência no Colégio Eleitoral, embora neste caso se defenda que os votos devem ir mesmo para Hillary Clinton, porque ela venceu no voto popular. O objetivo da petição é chegar aos 4,5 milhões de assinaturas. Nesta altura já ultrapassaram a fasquia dos quatro milhões.

É a 19 de dezembro que o Colégio Eleitoral vota. Confirmada a escolha de Trump, o multimilionário nova-iorquino assume o poder a 20 de janeiro.

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