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Vídeo com declarações machistas custa nova polémica e apoios a Trump

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Paul Ryan, desistiu na sexta-feira de aparecer publicamente, pela primeira vez, ao lado do candidato do Partido Republicano à Casa Branca, "indignado" com declarações machistas de Donald Trump.

Vídeo com declarações machistas custa nova polémica e apoios a Trump
Notícias ao Minuto

06:20 - 08/10/16 por Lusa

Mundo Republicano

"Estou indignado com o que ouvi. (...) Espero que Trump trate esta situação com a seriedade que merece e trabalhe para demonstrar ao país que respeita as mulheres muito mais do que aquilo que sugere a gravação", disse Ryan, num comunicado.

"Entretanto, já não virá [Trump] à iniciativa de amanhã [hoje] em Wisconsin", acrescentou Ryan, referindo-se ao estado em que tenta ser reeleito congressista nas eleições norte-americanas de novembro.

Em causa está um vídeo, gravado em 2005 e divulgado na sexta-feira pelo jornal The Washington Post, em que Donald Trump fala sobre as mulheres em termos considerados vulgares e machistas.

Também o presidente do Partido Republicano, Reince Priebus, condenou as palavras de Trump no vídeo, dizendo que "nenhuma mulher deve ser descrita naqueles termos".

Trump já disse que se tratou de uma conversa privada com anos e desculpou-se "se alguém se sentiu ofendido".

"Era uma conversa de vestuário, privada, que teve lugar há anos. [O ex-presidente] Bill Clinton disse-me coisas muito piores no campo de golf", disse ainda, num breve comunicado.

Esta polémica surge a poucos dias do segundo debate entre os dois principais nomes na corrida à Casa Branca deste ano, Hillary Clinton e Donald Trump, que está marcado para domingo depois de uma semana particularmente difícil para a campanha do multimilionário.

Depois de um primeiro debate dominado por Clinton, segundo as sondagens divulgadas logo após o embate, o candidato republicano foi confrontado com uma investigação jornalística do The New York Times que dava conta que teria evitado, de forma legal, pagar impostos durante pelo menos 18 anos ao declarar perdas de 916 milhões de dólares (cerca de 814 milhões de euros) em 1995.

A questão dos impostos de Trump é considerada fundamental e sensível, atendendo a que o magnata do imobiliário recusou até à data tornar públicas as suas declarações de impostos.

Dias depois, o procurador-geral do estado de Nova Iorque, o democrata Eric Schneiderman, ordenou que a Fundação Trump cessasse imediatamente com a recolha de doações, uma vez que não está em conformidade com as leis estaduais.

O empresário também esteve envolvido numa polémica com a ex-Miss Universo Alicia Machado, a quem terá chamado "Miss Piggy".

Nas vésperas do segundo debate, várias sondagens dão sinais de uma derrapagem na campanha eleitoral de Trump. Segundo uma sondagem da empresa Ipsos, com uma amostra de 1.928 adultos norte-americanos, Clinton consegue um apoio de 42% a nível nacional, enquanto Trump obtém 36%.

O primeiro frente-a-frente entre Trump e Clinton foi acompanhado por 84 milhões de telespetadores norte-americanos, o mais visto de sempre.

O terceiro e último debate está agendado para 19 de outubro em Las Vegas (Nevada).

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