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Síria: Rússia nega que uso de base no Irão viole resolução da ONU
A Rússia recusou hoje que a utilização de uma base aérea iraniana para bombardeamentos na Síria viole uma resolução da ONU, como afirmaram na véspera os Estados Unidos.
© Reuters
Mundo Moscovo
Moscovo começou na terça-feira a utilizar a base aérea de Hamedan, no noroeste do Irão, para os ataques aéreos na Síria, até aí realizados exclusivamente a partir de bases na Síria ou na própria Rússia.
Para os Estados Unidos, essa alteração "foi infeliz" e "pode muito bem ser uma violação" de uma resolução que exige a aprovação prévia do Conselho de Segurança da ONU de qualquer fornecimento, venda ou transferência de aviões militares para o Irão.
"Não há qualquer fundamento para suspeitar que a Rússia esteja a violar a resolução", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa em Moscovo.
"O caso de que estamos hoje a falar não envolve venda, fornecimento ou transferência de aviões de guerra para o Irão", disse Lavrov.
"Estes aviões estão a ser usados pela Rússia, com consentimento do Irão, para participar numa operação antiterrorista na Síria, pedida pelas autoridades sírias", acrescentou.
Horas antes, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, já tinha negado qualquer violação da resolução e afirmado, em contrapartida, que a utilização da base de Incirlik, na Turquia, para bombardeamentos da coligação liderada pelos Estados Unidos na Síria não é permitida pela Carta das Nações Unidas.
A Rússia voltou hoje a fazer bombardeamentos a partir de Hamedan, atingindo 15 alvos na província de Deir Ezzor, segundo o Ministério da Defesa russo.
A utilização da base de Hamadan permite aos bombardeiros que anteriormente partiam do sul da Rússia reduzir 60% o tempo de voo até aos objetivos na Síria.
A distância entre a base de Hamedan e a zona central da Síria é de cerca de 900 quilómetros.
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