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Depois de Cannes, 'burkinis' passam também a ser proibidos em Córsega

O presidente da câmara de uma localidade da Córsega, ilha mediterrânica francesa, proibiu o 'burkini' nas praias do seu concelho, seguindo outros dois municípios, após violentos incidentes entre jovens e famílias de origem magrebina, disse o autarca.

Depois de Cannes, 'burkinis' passam também a ser proibidos em Córsega
Notícias ao Minuto

11:57 - 15/08/16 por Lusa

Mundo França

Segundo testemunhas citadas pela AFP, o conflito surgiu quando, na praia, turistas fotografaram mulheres que estavam no mar vestidas com 'burkini', um fato de banho que cobre todo o corpo.

Os desacatos na região de Bastia provocaram cinco feridos e danos materiais e cerca de 100 polícias foram mobilizados para manter a calma entre os grupos.

Dois presidentes de câmara do sul da França já tinha proibido o uso de 'birkini' para entrar no mar, nas praias, nas últimas semanas, suscitando uma polémica entre aqueles que defendem a restrição da opção laica no espaço público e os que querem a liberdade de expressão.

A regra anti 'burkini' será registada a partir de terça-feira na prefeitura (câmara), precisou o presidente socialista de Sisco, no norte da ilha, que disse apoiar-se nas duas decisões anteriores, uma delas a de Cannes, validada pela justiça.

O presidente da câmara também decidiu cancelar as festividades marcadas para hoje na região, "não por questões de segurança, mas porque os habitantes não têm cabeça para isso".

As autoridades de Bastia decidiram abrir um inquérito para averiguar as condições em que ocorreu a situação de violência, no sábado.

Cerca de 500 pessoas participaram hoje, em Bastia, numa concentração que decorreu num ambiente tenso, e gritando "às armas, vamos reagir porque estamos em nossa casa" dirigiram-se a Lupino, um bairro periférico, e os polícias tiveram de bloquear a entrada.

Vários incidentes relacionados com a comunidade muçulmana têm ocorrido nos últimos tempos, na Córsega, e em julho, a assembleia da Córsega aprovou uma resolução a pedir ao Estado para encerrar os lugares de culto muçulmanos fundamentalistas na ilha.

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