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ONU considera insuficiente trégua decretada pela Rússia na Síria

A ONU afirmou hoje que a trégua de três horas diárias nos bombardeamentos sobre Alepo para permitir a entrada de ajuda humanitária, anunciada pela Rússia na quarta-feira, é insuficiente para realizar essas operações humanitárias.

ONU considera insuficiente trégua decretada pela Rússia na Síria
Notícias ao Minuto

14:05 - 11/08/16 por Lusa

Mundo Alepo

"Não fomos consultados sobre esta medida e, de acordo com o que nos informou o coordenador humanitária da ONU em Damasco, é insuficiente. São precisas, como já dissemos, pelo menos 48 horas" contínuas, disse o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura.

O responsável indicou no entanto que a Rússia "está disposta a discutir sobre como pode melhorar a sua proposta original".

A Rússia anunciou na quarta-feira uma "pausa humanitária" de três horas diárias em Alepo, entre as 10:00 e as 13:00 locais (08:00-11:00 em Lisboa).

Segundo um jornalista da AFP na cidade, os bombardeamentos baixaram de intensidade cerca das 10:00, mas os confrontos não cessaram e nenhum carregamento humanitário entrou na cidade.

Alepo, segunda maior cidade da Síria, no noroeste do país, é o centro dos combates entre as forças do regime, apoiadas pela Rússia, e os grupos rebeldes e 'jihadistas'.

Os dois lados em conflito disputam o controlo de Alepo desde meados de 2012, mas nas últimas semanas o exército sírio conseguiu cercar o leste da cidade, ocupado pelos rebeldes, desencadeando uma contraofensiva que permitiu romper esse cerco.

A cidade tem ainda cerca de 1,5 milhões de habitantes, 250.000 dos quais residem nas zonas controladas pelos grupos da oposição.

Médicos da parte leste de Alepo divulgaram hoje uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo ajuda para proteger a população civil das atrocidades que estão a ser cometidas.

"A menos que seja aberta uma via de socorro permanente, será só uma questão de tempo até voltarmos a estar cercados por tropas do regime, até a fome se instalar e até o abastecimento dos hospitais cessar", lê-se na carta, assinada por 15 dos 35 médicos a trabalhar no leste de Alepo.

Os médicos acusam os Estados Unidos de inação, afirmando não terem visto "nenhum esforço dos Estados unidos para levantar o cerco ou utilizar a sua influência para forçar as partes a protegerem os civis".

"Não precisamos de lágrimas, de pena ou sequer de orações, precisamos da vossa ação. Prove que é amigo dos sírios", escrevem.

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