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Nações Unidas vão enviar missão com 228 polícias para o Burundi

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou na sexta-feira o envio de 228 polícias para o Burundi numa missão de vigilância e de avaliação de possíveis violações de direitos humanos.

Nações Unidas vão enviar missão com 228 polícias para o Burundi
Notícias ao Minuto

11:22 - 30/07/16 por Lusa

Mundo Segurança

A proposta foi apresentada ao conselho pela França e o objetivo é responder à crise que se vive no país africano desde o ano passado.

A resolução foi aprovada com 11 votos a favor e quatro abstenções (China, Angola, Egito e Venezuela) e estabelece a criação de uma missão de segurança e assistência aos especialistas em direitos humanos das Nações Unidas na investigação de possíveis abusos.

O Governo do Burundi tem dito que só aceitará no país 50 polícias desarmados enviados pelas Nações Unidas.

O embaixador francês nas Nações Unidas, François Delattre, defendeu que a presença de agentes da ONU no Burundi dará mais segurança à população e ajudará a reduzir tensões e a facilitar o diálogo.

Delattre lembrou as tragédias que já ocorreram no Burundi no passado e sublinhou que com a resolução aprovada na sexta-feira o Conselho de Segurança está a assumir a sua responsabilidade "para evitar que a história se repita".

Já os Estados Unidos criticaram que outros países membros do Conselho de Segurança não tenham querido ir mais longe.

Os quatro países que se abstiveram lamentaram que o texto não tivesse referências específicas à necessidade de consentimento do Governo do Burundi para o envio do dispositivo policial e consideraram que ficou assim aberto um "precedente negativo".

Para o embaixador venezuelano, Rafael Ramírez, a fórmula usada na resolução representa uma violação "da soberania do país" africano e criticou a "falta de flexibilidade" de alguns membros do Conselho de Segurança para ser encontrado um consenso.

O Burundi assiste a uma escalada da violência desde o ano passado, quando o Presidente do país, Pierre Nkurunziza, decidiu iniciar o terceiro mandato consecutivo, contra o estabelecido na Constituição.

Cerca de 270 mil pessoas fugiram desde então do país, segundo dados da ONU, enquanto outras cem mil abandonaram as suas casas, embora se tenham mantido dentro das fronteiras do Burundi.

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