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As reviravoltas da 'novela' em torno da presidência do Brasil

O processo de destituição da chefe de Estado caiu e foi recuperado no espaço de horas. Dilma Rousseff poderá esta semana ser afastada, pelo menos temporariamente.

As reviravoltas da 'novela' em torno da presidência do Brasil
Notícias ao Minuto

08:20 - 10/05/16 por Pedro Filipe Pina

Mundo Impeachment

O país que se popularizou por novelas na televisão parece viver uma novela na vida real, com volte-faces que surpreendem até os mais atentos.

Há poucos dias, parecia certo que, após o processo de impeachment ter sido aprovado na Câmara dos Deputados, o Senado seguiria o mesmo caminho. Mas a última segunda-feira ficou marcada por uma decisão surpresa.

Após o afastamento de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão assumiu o lugar de forma interina. E foi precisamente este deputado do PP que anulou a votação do passado dia 17 de abril.

Dilma discursava quando a informação começou a circular. Entre alguns festejos de apoiantes, Dilma pediu “cautela”. E acertou. O processo esteve suspenso apenas durante poucas horas.

A decisão de Waldir levou a protestos entre deputados e, segundo A Folha de S. Paulo, esteve em cima da mesa a hipótese de expulsão do partido.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, membro do PMDB, partido que tem estado na ‘linha da frente’ no pedido de destituição, considerou a decisão “absolutamente intempestiva”.

Já ao final da noite, o próprio Waldir Maranhão recuou na sua decisão num curto comunicado.

Agora, Dilma, que fala numa “conjuntura de manhas e artimanhas”, pode estar à beira de ver o seu mandato suspenso.

A presidente do Brasil afirmou ainda ontem que se o critério pela qual a querem destituir – as chamadas “pedaladas fiscais” – tivesse sido aplicado anteriormente, “não sobraria ninguém”. Se ela fez seis, já Lula da Silva, seu antecessor, tinha feito quatro. Fernando Henrique Cardoso, no seu tempo, terá feito 30, acusou.

No entretanto, o Brasil continua um país dividido politicamente e envolto num imbróglio institucional que se prolonga. Michel Temer, o ‘vice’ e em tempos aliado de Dilma, que o acusa de ser “usurpador”, continua à espera. Se Dilma ‘cair’ sem eleições, será ele a assumir o cargo. E já faz planos para a composição do seu eventual governo.

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