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Do falhanço ao 'passa culpas', novas eleições à espreita em Espanha
'Falhanço' pode ser muito prejudicial para Espanha, por se encontrar no limbo, sem acordo e sem chefe do Executivo.
© Reuters
Mundo Crise política
Após o fracasso dos principais partidos em formar governo, Espanha, tudo indica, voltará a ter eleições legislativas em junho. Esta terça-feira, saliente-se, terminou a ronda final de conversações entre o rei Felipe VI e os representantes dos partidos políticos.
Por "não existir um candidato que reúna os apoios necessários", revelava a Casa Real espanhola em comunicado, o rei não irá propor nenhum candidato para chefe de governo, abrindo o caminho para estas novas eleições.
Espanha rege-se por um sistema parlamentar em que o presidente é eleito pelo Congresso dos Deputados. Contudo, nas últimas eleições os votos caíram muito em relação aos dois grandes partidos, PP e PSOE, sendo que dois partidos emergentes ganharam força, o Podemos e o Ciudadanos.
E, apesar de o candidato do Partido Popular (PP) ter vencido as eleições com 123 deputados, ficou longe dos 176 necessários para formar maioria, não tendo também conseguido um acordo com os restantes partidos.
Situação idêntica aconteceu em Portugal quando Passos Coelho, a 24 de setembro, venceu as eleições legislativas sem maioria absoluta e acabou por ver o seu lugar ocupado pelo secretário-geral do PS.
António Costa conseguiu tornar-se primeiro-ministro ao garantir maioria parlamentar com a ajuda do PCP, Bloco de Esquerda e PEV.
Os prazos fixados na Constituição espanhola indicam que para que o Congresso consiga eleger um chefe do Executivo, o Parlamento deverá dissolver-se a 2 de maio para as eleições acontecerem a 26 de junho.
Toda esta situação tem vindo a gerar controvérsia entre os principais partidos espanhóis, sendo o 'passa culpas' pelo cenário de instabilidade política destacado pela imprensa.
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