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Sete sábios vão aconselhar Europa em matéria de Ciência

Uma assembleia de sete sábios será encarregada de aconselhar a Comissão Europeia (CE) em matéria científica para garantir "independência e transparência" numa área em que o executivo europeu tem sido frequentemente acusado de parcialidade, anunciou hoje a CE.

Sete sábios vão aconselhar Europa em matéria de Ciência
Notícias ao Minuto

19:22 - 13/05/15 por Lusa

Mundo CE

Este grupo de alto nível deverá ser criado até ao outono de 2015, como pedra angular de um novo modelo de conselho científico, precisou, em conferência de imprensa, o comissário da Ciência, Carlos Moedas.

Os sete sábios serão escolhidos "em todo o mundo, com a excelência como único critério, por uma comissão de seleção", precisou. Receberão uma compensação pelo seu trabalho, mas não serão funcionários da Comissão.

A Comissão dispõe já de uma série de organismos e de agências científicas, mas "falta um mecanismo que forneça em tempo útil pareceres independentes e de alto nível", sublinhou.

Este contributo científico permitirá melhorar a resposta tanto a problemas urgentes, "como os colocados pela epidemia de Ébola", quanto à elaboração de estratégias de longo prazo, por exemplo, para fazer face ao desafio alimentar que se vai colocar ao planeta, explicou o comissário português.

Tudo "sem conflitos de interesses", insistiu.

O novo mecanismo pode "ser muito construtivo no futuro", saudou o Nobel da Medicina 2001, Paul Nurse, com quem o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, se reuniu, juntamente com outros responsáveis europeus.

Esta nova arquitetura não deve, contudo, tornar-se um álibi para cortar fundos destinados pela UE à investigação, advertiu o biólogo francês Jules Hoffmann, Nobel da Medicina 2011, declarando-se "aliviado" com os compromissos da Comissão para "reduzir o máximo possível" esses cortes.

Juncker anunciou, à chegada, que vai suprimir o cargo de chefe conselheiro científico junto do presidente da CE, criado pelo seu antecessor, José Manuel Durão Barroso, e confiado à britânica Anne Glover, favorável a OGM (Organismos Geneticamente Modificados).

Várias Organizações Não-Governamentais, entre as quais a Greenpeace e a Aliança Saúde e Ambiente, pediram a Juncker para instaurar outro mecanismo para neutralizar "os lobistas da indústria" que "compreenderam há muito tempo que quanto mais o aconselhamento científico estiver concentrado nas mãos de uma só pessoa, mais fácil lhes será controlá-lo".

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