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Maior cooperação com norte de África para parar 'jihadismo'

O chefe de Governo de Espanha, Mariano Rajoy, apelou hoje à União Europeia e aos seus vizinhos da margem sul do Mediterrâneo para que reforcem a cooperação contra o terrorismo 'jihadista', a "principal ameaça" que enfrentam.

Maior cooperação com norte de África para parar 'jihadismo'
Notícias ao Minuto

14:18 - 13/04/15 por Lusa

Mundo Rajoy

"Ainda que alguns ainda não se tenham dado conta" o 'jihadismo' é a principal ameaça que a UE e os países da Vizinhança Sul têm de enfrentar atualmente, disse Mariano Rajoy na sessão de abertura da reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros UE-Mediterrâneo, hoje em Barcelona.

A reunião ministerial informal - organizada pela União Europeia (UE), por Espanha e pela presidência da UE, atualmente assumida pela Letónia - juntará a chefe da diplomacia comunitária, a Alta Representante Federica Mogherini, o comissário europeu da Vizinhança, Johannes Hahn, bem como os representantes dos Negócios Estrangeiros de todos os países-membros da UE e dos seus parceiros da Vizinhança Sul - Argélia, Palestina, Tunísia, Líbano, Marrocos, Egito, Jordânia e Israel. A Líbia e a Síria não foram convidados.

O MNE português, Rui Machete, elegeu para "pontos cruciais" da sua intervenção na cimeira os temas do "reforço da cooperação na luta contra o terrorismo e a radicalização de jovens".

Na abertura da reunião, Rajoy acrescentou que só uma atuação conjunta das duas margens do Mediterrâneo se poderá lidar eficientemente com a ameaça do 'jihadismo'.

"Que ninguém caia no erro crasso de falar do 'jihadismo' como representante do Islão. Que ninguém se deixe arrastar para a falácia que alude a uma luta do Islão contra o Ocidente. Os terroristas constituem um desafio para todos e o mundo islâmico é tão vítima do flagelo terrorista como os outros", declarou Mariano Rajoy na sessão de abertura.

O presidente do Governo espanhol salientou ainda que o terrorismo "não conhece fronteiras", atingindo toda a gente, "independentemente da geografia e da religião".

Também na sessão de abertura, a alta representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Federica Mogherini apelou igualmente ao reforço da cooperação da segurança na luta contra o terrorismo e contra a captação de jovens para o radicalismo islâmico, mas defendeu também o reforço das áreas económica, política e cultural entre as duas margens do Mediterrâneo.

"Os ataques terroristas nos países de ambas as margens do Mediterrâneo demonstram que se impõe um reforço da cooperação na luta contra o terrorismo" e "a melhor forma de trabalhar [para esse objetivo] é reforçar não só a segurança como também os setores económico, cultural e político", disse Federica Mogherini.

A chefe da diplomacia europeia disse que a UE ainda está a sofrer as consequências da crise económica, ao mesmo tempo que os países do Sul enfrentam uma "segurança frágil" por causa dos conflitos armados. Por isso mesmo, sublinhou, é que se assiste a "um crescimento do apelo ao 'jihadismo' quer no Sul quer no Norte do Mediterrâneo".

"Estamos nisto todos juntos. Partilhamos um mar, uma origem e um dos lugares mais turbulentos e difíceis do mundo. Não há Norte ou Sul, estamos nisto juntos", concluiu.

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