Barroso: Nobel é um "estímulo" mas também um "aviso"
O presidente da Comissão Europeia disse, esta segunda-feira, que vê a atribuição do Nobel da Paz à União Europeia como um “estímulo”, mas também como “um aviso”, e adiantou que vai fazer uma referência a Portugal quando receber o prémio.
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Mundo Oslo
José Manuel Durão Barroso, que falava à imprensa portuguesa em Oslo, poucas horas antes de receber o Nobel da Paz em nome da UE, disse que o prémio é “um estímulo, um encorajamento e, com certeza, um aviso”.
“Aceitamos este prémio com muita honra, com um reconhecimento daquilo que foi feito ao longo destes 60 anos, mas também como um encorajamento para o futuro”, acrescentou o presidente da Comissão Europeia, adiantando que no seu discurso na cerimónia de entrega do Nobel da Paz vai fazer uma referência a Portugal.
Durão Barroso disse que, na sua intervenção, vai sublinhar que “a paz não é apenas a ausência da guerra”, estando também relacionada com “um sentimento de justiça e com a democracia”.
“Vou aliás, falar de Portugal, da nossa experiência da transição democrática da revolução do 25 de Abril, vou fazer uma rápida referência a isso”, disse.
A cerimónia de entrega do Nobel da Paz à UE terá início às 13h00 locais (12h00 em Lisboa).
O prémio será entregue ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em conjunto com os presidentes da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
A cerimónia de entrega do Nobel da Paz contará com a presença de alguns líderes europeus, entre os quais o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.
O Comité Nobel norueguês atribuiu o Nobel da Paz à UE pelo seu contributo para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos.
A escolha suscitou polémica, numa altura em que a UE enfrenta uma crise financeira que tem vindo a testar o espírito de solidariedade entre os países ricos do norte da Europa e os estados do sul endividados, submetidos a programas de austeridade.
O Prémio Nobel da Paz é constituído por um diploma, uma medalha de ouro e um cheque de 930 mil euros, verba que a UE já anunciou que vai doar a projectos de apoio a crianças vítimas da guerra e de conflitos armados.
A UE é a vigésima primeira organização internacional a receber o prémio desde 1901.
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