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Novas buscas por avião malaio desaparecido há seis meses

Familiares das vítimas chinesas do voo MH370, desaparecido há seis meses, reuniram-se hoje, partilhando sentimentos de tristeza e revolta, quando a Austrália e a Malásia preparam uma nova fase de buscas do aparelho malaio.

Novas buscas por avião malaio desaparecido há seis meses
Notícias ao Minuto

12:34 - 08/09/14 por Lusa

Mundo MH370

Durante uma cerimónia de oração em Pequim, hoje, trinta familiares enlutados denunciaram o que consideram ser a indiferença das autoridades chinesas e os abusos de que dizem ser vítimas.

Dos 239 passageiros e membros da tripulação do Boeing da Malaysia Airlines, 153 eram chineses.

"Cada dia é uma tortura, mas hoje sofremos ainda mais", lamentou Zhang, uma mulher de 55 anos que perdeu a filha no desaparecimento do avião, a 08 de março. As comemorações coincidem com a 'festa das lanternas', um momento importante da vida familiar para os chineses.

Segundo testemunhos, parentes de passageiros foram presos e agredidos, este verão, durante uma manifestação em frente à sede da companhia aérea malaia, em Pequim.

"Nós não entendemos. Somos apenas cidadãos comuns", lamentou Dai Shuqin, de 61 anos, cuja irmã e família viajavam no voo MH370, que acrescentou: "Alguns querem matar-se, subir a um prédio e saltar".

Seis meses após o desaparecimento do aparelho, as autoridades continuam sem qualquer pista sobre a localização do avião.

Austrália, como país mais próximo da suposta área do acidente, e a Malásia começam este mês uma nova fase de busca submarina numa área de 60 mil quilómetros quadrados e situada a uns 18 mil quilómetros a oeste da cidade australiana de Perth.

O lugar situa-se mais a sul da zona das buscas realizadas em junho e julho.

De acordo com Judith Zielke, diretora interina da unidade responsável pelas investigações, novas análises às comunicações do avião permitem pensar que o Boeing 777-200er "virou para sul antes do previsto e viajou mais para sul do que inicialmente se acreditou".

Especialistas avisam que o processo é complexo porque já não existem sinais das caixas negras, cujas baterias se esgotaram há muito tempo, nem pistas físicas, pelo que há que avaliar milhares de possíveis trajetórias, além de que esta é uma "zona traiçoeira" do Oceano Índico, comparável aos Alpes suíços, porque apresenta superfícies submarinas de sedimentos e limo acumulados durante milhões de anos.

Ainda se desconhece com certeza o que causou a tragédia, mas acredita-se que o avião caiu devido a uma "ação deliberada" cerca de 40 minutos depois de descolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim.

Entre os passageiros, estavam dois cidadãos iranianos que embarcaram com passaportes roubados na Tailândia -- um italiano e um austríaco.

As investigações apontam que o avião voou com todas as pessoas a bordo inconscientes devido à falta de oxigénio até ficar sem combustível e se precipitar sobre o mar, apesar de inicialmente se ter suspeitado da possibilidade um ataque terrorista e também de um sequestro com a cumplicidade do piloto.

A companhia malaia, que acumulava problemas financeiros, teve novas perdas com este acidente e recebeu um golpe mortal em julho, quando perdeu outro avião, com 298 pessoas a bordo, no leste da Ucrânia, derrubado por um míssil de forças pró-russas.

O Governo da Malásia anunciou no final de agosto um plano económico para resgatar a companhia de bandeira do país.

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