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Líder da oposição indiana libertado sob caução pelo Supremo Tribunal

O líder da oposição indiana e do governo estadual de Nova Deli, Arvind Kejriwal, detido por suspeitas de corrupção, foi hoje libertado sob caução por decisão do Supremo Tribunal, o que lhe permitirá participar na campanha eleitoral na Índia.

Líder da oposição indiana libertado sob caução pelo Supremo Tribunal
Notícias ao Minuto

17:30 - 10/05/24 por Lusa

Mundo Índia

"Quero agradecer aos juízes do Supremo Tribunal, é devido a eles que estou aqui perante vós. Temos de salvar o país desta ditadura", afirmou Kejriwal, junto das instalações da prisão de Tihar em Deli, após 50 dias de detenção.

Ao sair do estabelecimento prisional, Kejriwal deu início à sua campanha para as eleições gerais indianas, que estão a decorrer, rodeado por centenas de apoiantes, que, segundo as imagens transmitidas pela estação NDTV, bloquearam a estrada de acesso à prisão.

Este líder da oposição poderá agora participar em comícios e tentar obter os votos dos habitantes da capital da Índia, que serão chamados às urnas no dia 25 de maio, na sexta das sete fases previstas das eleições gerais, com resultados finais previstos para 04 de junho.

"Há algo que está muito claro, em relação à campanha não haverá qualquer restrição que tenha sido imposta", disse aos 'media' Shadan Farasat, o advogado de Kejriwal, à saída do Supremo Tribunal.

A libertação do opositor é efetiva até 02 de junho, um dia após a conclusão da maratona eleitoral no país asiático, com mais de 1,400 mil milhões de habitantes.

Kejriwal lidera o Partido Aam Aadmi (AAP), que integra uma coligação de diversas formações designada Aliança Nacional para o desenvolvimento inclusivo da Índia.

Esta coligação, liderada pelo histórico Partido do Congresso (INC) da dinastia Nehru-Gandhi, enfrenta o Partido Bharatiya Janata (BJP) do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que procura um terceiro mandato consecutivo e uma maioria mais reforçada face a 2019.

Kejriwal foi detido em 21 de março sob a acusação de aceitar subornos avaliados em mil milhões de rupias (cerca de 11 milhões de euros) de empresários do setor de bebidas alcoólicas em troca da aplicação de medidas que terminassem com o controlo governamental sobre a venda de álcool na capital indiana.

Apesar da sua detenção e a recusa de tribunais inferiores em conceder-lhe a liberdade sob fiança, o político continuou a governar Nova Deli.

A sua detenção foi criticada pela oposição, que acusa Modi de utilizar as agências governamentais contra os seus críticos, e também suscitou protestos de países como a Alemanha ou Estados Unidos.

Destacados líderes da coligação da oposição congratularam-se hoje pela libertação de Kejriwal.

"No contexto das atuais eleições, será muito útil", disse Mamata Banerjee, chefe do governo do estado de Bengala ocidental e líder da formação regional Congresso Trinamool, numa mensagem publicada na rede social X.

As eleições gerais na Índia, divididas em sete fases, iniciaram-se em 19 de abril e a última fase decorre em 01 de junho. Os resultados dos 543 lugares da câmara baixa do parlamento devem ser divulgados em 04 de junho, antevendo-se uma vitória do BJP de Modi.

Leia Também: Primeiro-ministro da Índia votou com segurança e sob críticas da oposição

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