Alemanha "participará" na entrega de ajuda humanitária para Gaza
O exército alemão participará nas operações de envio de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza em conjunto com outros países, anunciou hoje o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.
© Reuters
Mundo Israel/Palestina
"O exército alemão participará na ponte aérea para Gaza, que foi iniciada pela Jordânia", disse Boris Pistorius num comunicado.
Após cinco meses de guerra entre Israel e o Hamas, a desastrosa situação humanitária no enclave palestiniano levou vários países árabes e ocidentais a realizarem lançamentos aéreos de alimentos e equipamento médico.
A parte alemã da esquadra binacional franco-alemã de Evreux (na Normandia) juntar-se-á a essa missão que "poderá começar no final da semana", referiu o ministro alemão.
As forças armadas alemãs colocaram à disposição dois aviões de transporte militar C-130J hércules e cada um desses pode transportar até 18 toneladas de produtos alimentares.
Lembrando que estas operações "não são isentas de perigo", o Ministério da Defesa alemão referiu que "a tripulação que vai participar na intervenção está especialmente treinada para este tipo de operação e é muito experiente".
No início de março, a queda de pacotes lançados por aviões na Cidade de Gaza matou cinco pessoas e feriu várias outras.
Berlim sublinhou nos últimos dias que a prioridade continua a ser "aumentar a ajuda humanitária por via terrestre porque é a forma mais simples de entregar" esta ajuda.
Alternativas "como construir uma ponte marítima ou lançar alimentos por via aérea são apenas medidas de ajuda, gotas no oceano para aliviar a angústia aguda. Seria mais importante que a ajuda chegasse a Gaza por terra", insistiu, na segunda-feira, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.
A Faixa de Gaza, onde o Hamas assumiu o poder em 2007, está a sofrer bombardeamentos incessantes por parte de Israel desde que o movimento islamita palestiniano lançou um ataque em 07 de outubro, que deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, segundo os números oficiais israelitas.
Os ataques de retaliação e a ofensiva terrestre de Israel mataram 31.184 palestinianos, principalmente mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Segundo a ONU, a grande maioria da população do território sitiado está ameaçada de fome.
A entrada de ajuda no território por camiões está muito abaixo dos níveis anteriores à guerra, assim, os governos estrangeiros recorreram a lançamentos aéreos e estão agora a tentar abrir um corredor de ajuda marítima a partir de Chipre.
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