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Exército dos EUA reduz milhares de postos em grande reforma

O Exército dos Estados Unidos da América (EUA) vai diminuir cerca de 24 mil postos, quase 5% do seu efetivo, e restruturar-se para estar mais apto para grandes conflitos, quando se debate com dificuldades de recrutamento, foi hoje divulgado.

Exército dos EUA reduz milhares de postos em grande reforma
Notícias ao Minuto

17:42 - 27/02/24 por Lusa

Mundo EUA

Os cortes serão efetuados principalmente em postos já vazios - e não em soldados efetivos - incluindo em postos relacionados com a contrainsurreição, que foram reforçados em número durante as guerras do Iraque e do Afeganistão, mas que não são tão necessários atualmente. Cerca de 3.000 postos a cortar estão inseridos nas forças de operações especiais do Exército.

Ao mesmo tempo, porém, o plano de restruturação adiciona cerca de 7.500 soldados noutras missões críticas, incluindo unidades de defesa aérea e de luta contra 'drones' (aparelhos não tripulados) e em cinco novas 'task-forces' em todo o mundo, com capacidades cibernéticas e de ataque de longo alcance.

De acordo com um documento do Exército, citado hoje pela agência norte-americana AP, a estrutura militar dos EUA está "significativamente sobre-estruturada" e não há soldados suficientes para preencher as unidades existentes.

Os cortes, segundo o mesmo documento, são "espaços" e não "rostos" e o Exército não vai pedir aos soldados que abandonem a estrutura militar.

Esta restruturação ocorre após duas décadas de guerra no Iraque e no Afeganistão, que forçaram o Exército a expandir-se rápida e dramaticamente, de forma a preencher as brigadas enviadas para a frente de batalha.

Recentemente, o foco dos militares virou-se para a competição entre grandes potências por parte de adversários mais diretos, como a China e a Rússia, e para as ameaças do Irão e da Coreia do Norte.

Por outro lado, a guerra na Ucrânia mostrou a necessidade de dar maior ênfase aos sistemas de defesa aérea e às capacidades de alta tecnologia para utilizar e combater 'drones' aéreos e marítimos.

De acordo com o plano, o Exército cortará cerca de 10 mil vagas para engenheiros e empregos similares que estavam vinculados a missões de contrainsurreição. Outros 2.700 cortes virão de unidades que não são mobilizadas com frequência e podem ser reduzidos, e 6.500 virão de vários postos de treino e outros.

Fica também anunciada a redução de cerca de 10.000 postos de esquadrões de cavalaria, equipas de combate da brigada Stryker, equipas de combate da brigada de infantaria e brigadas de assistência às forças de segurança, que são usadas para treinar forças estrangeiras.

As mudanças representam uma mudança significativa para o Exército se preparar para operações de combate em larga escala contra inimigos mais sofisticados, mas também sublinham os grandes desafios de recrutamento que todas as forças militares enfrentam, referiu ainda a AP.

No último ano fiscal, que terminou em 30 de setembro, a Marinha, o Exército e a Força Aérea não conseguiram cumprir as suas metas de recrutamento, enquanto o Corpo de Fuzileiros Navais e a Força Espacial cumpriram as suas metas.

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