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Eslováquia bloqueia entrega planeada de armas aos ucranianos

O Governo eslovaco decidiu hoje bloquear uma grande entrega de armas à Ucrânia, planeada pelo anterior executivo, de acordo com os compromissos eleitorais assumidos pelo novo primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

Eslováquia bloqueia entrega planeada de armas aos ucranianos
Notícias ao Minuto

12:44 - 08/11/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"O Governo não aprova a proposta de doação de equipamento militar à Ucrânia" no valor superior a 40 milhões de euros, lê-se no portal oficial do Governo eslovaco.

Este 14.º pacote de ajuda, preparado pela antiga liderança do Ministério da Defesa, incluía a entrega de munições de 7,62 mm e munições de grande calibre para canhões de 125 mm, bem como foguetes para defesa aérea, morteiros e minas.

Desde o início da guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia, a Eslováquia transferiu equipamento militar no valor estimado de 671 milhões de euros para Kiev.

Na segunda-feira, Fico garantiu que o seu Governo permitiria a venda de armas e munições de empresas privadas à Ucrânia.

O primeiro-ministro eslovaco esclareceu que a promessa feita durante a sua campanha eleitoral - na qual dizia que não enviaria armamento para a Ucrânia - referia-se exclusivamente ao armamento e arsenal do exército eslovaco.

Pela terceira vez à frente do Governo eslovaco, Fico provocou temores em vários níveis políticos devido à sua posição menos assertiva em relação à invasão russa na Ucrânia.

"Se uma empresa quer produzir e vender armas no estrangeiro, não temos nada contra", afirmou o primeiro-ministro eslovaco após visitar a sede do Ministério da Defesa do país, em Bratislava, segundo a agência de notícias Bloomberg.

Com uma produção anual de cerca de 180.000 projéteis de artilharia, a Eslováquia tornou-se um importante fornecedor de munições para a Ucrânia, que também já adquiriu obuses eslovacos.

Em 26 de outubro, Fico havia anunciado o fim do envio de armas para a Ucrânia, limitando o apoio dos eslovacos a "ajuda humanitária e civil".

Esta decisão foi anunciada um dia após a sua nomeação como chefe de um Governo de coligação, associado a um partido de extrema-direita pró-Rússia.

Segundo Fico, "a cessação imediata das operações militares é a melhor solução para a Ucrânia".

"A União Europeia deveria passar do estatuto de fornecedor de armas para o de pacificador", defendeu.

Durante as suas declarações aos deputados, Fico também anunciou que não apoiaria novas sanções contra a Rússia até que seja "analisado o seu impacto na Eslováquia".

Leia Também: Eslováquia vai permitir venda de armas de empresas privadas à Ucrânia

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