"Pedimos àqueles que foram chamados para altos cargos no Governo israelita que demonstrem a dignidade exigida, respeitem a dos outros e se abstenham de quaisquer ações ou declarações que contribuam para a escalada das tensões", comentou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de França, num comunicado.
No passado domingo, numa visita privada a Paris e durante um encontro realizado por uma organização sionista radical, o ministro israelita - que pertence a um partido de extrema-direita que integra o atual Governo de Israel -- disse que "não há palestinianos, porque não há povo palestiniano".
Em reação às palavras do ministro, a diplomacia francesa disse hoje que os comentários de Smotrich são "indignos e irresponsáveis".
As declarações proferidas pelo ministro israelita tornaram-se rapidamente virais nas redes sociais, numa altura de intensificação do clima de tensão entre Israel e a Palestina.
"Depois de 2.000 anos de exílio, as profecias (da Bíblia) estão a começar a tornar-se realidade e (...) o povo de Israel está a voltar para casa", acrescentou Smotrich, nas declarações feitas na capital francesa.
"Há por aí árabes que não gostam disso. E, então, o que fazem? Inventam um povo fictício e reivindicam direitos fictícios sobre a terra de Israel", concluiu na mesma ocasião o ministro israelita.
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