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ONU pede "libertação imediata" do ativista Alaa Abdel Fattah ao Egito

O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu hoje a libertação do detido político mais famoso do Egito, Alaa Abdel Fattah, que está em greve de fome.

ONU pede "libertação imediata" do ativista Alaa Abdel Fattah ao Egito
Notícias ao Minuto

11:19 - 08/11/22 por Lusa

Mundo Volker Türk

Volker Türk "lamenta profundamente que as autoridades egípcias ainda não tenham libertado o 'bloguer' e ativista" cuja "vida está em grande perigo", declarou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado, durante uma conferência de imprensa em Genebra.

"Estamos extremamente preocupados com a saúde dele", disse Shamdasina, especialmente porque a família do ativista "não conseguiu entrar em contacto nos últimos dois dias" com o ativista.

Volker Türk discutiu o caso de Alaa Abdel Fattah com as autoridades egípcias na sexta-feira, disse a porta-voz.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez o mesmo com as autoridades egípcias à margem da 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), que está a acontecer em Sharm El-Sheikh, no Egito.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, também aproveitaram a sua viagem à COP27 para discutir o caso de Alaa Abdel Fattah, cidadão britânico-egípcio, ícone da revolução de 2011 no Egito.

Desde 02 de abril, Alaa Abdel Fattah, opositor do Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, estava a ingerir apenas um copo de chá e uma colher de mel por dia na prisão de Wadi al-Natrun, no noroeste do Cairo.

Preso várias vezes desde 2006, Fattah parou de comer completamente na última terça-feira e de beber no domingo, após a abertura da COP27 na cidade de Sharm el-Sheikh, que acontece no outro extremo do país.

"Abdel Fattah está em grande perigo. A sua greve de fome coloca a sua vida em perigo", disse o responsável pelos direitos humanos da ONU em comunicado.

"O meu escritório e outros mecanismos de direitos humanos da ONU apresentaram o caso de Abdel Fattah e os casos de outras pessoas arbitrariamente privadas de liberdade e presas após julgamentos injustos em várias ocasiões", disse Türk.

O Alto-Comissário observou que a retomada do Comité Presidencial de Indulto em abril de 2022 resultou na libertação de muitas pessoas.

Türk pediu às autoridades "que libertem imediatamente todos os detidos arbitrariamente, incluindo aqueles em prisão preventiva, bem como os condenados injustamente".

O Alto-Comissário também encorajou as autoridades a reverem todas as leis que restringem o espaço cívico e os direitos à liberdade de expressão, reunião e associação.

Leia Também: Egito. Preso político cumpre no domingo 100 dias de greve de fome

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