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Polícia iraniana diz que morte de Mahsa Amini foi "incidente infeliz"

As autoridades descartaram-se das responsabilidades de a morte ter acontecido sob custódia, e dizem mesmo que contra si estão a cair "acusações cobardes".

Polícia iraniana diz que morte de Mahsa Amini foi "incidente infeliz"
Notícias ao Minuto

12:29 - 19/09/22 por Teresa Banha

Mundo Mahsa Amini

A polícia iraniana considerou, esta segunda-feira, que a morte de Mahsa Amini - a jovem que morreu sob custódia e cujo caso já gerou alguns protestos no país - foi um "incidente infeliz".

"Este incidente é lamentável para nós e esperamos nunca mais testemunhar algo assim", disse o chefe da polícia de Teerão, citado pela agência de notícias Fars.

Hossein Rahimi negou ainda que a jovem, de 22 anos, tenha sofrido maus tratos após ser detida pela polícia moral, cuja responsabilidade é garantir que as mulheres iranianas cumpram com as regras impostas pelo país, como não mostrar o cabelo ou usar roupas largas. 

"Acusações cobardes foram feitas contra a polícia iraniana. Vamos esperar até ao dia do julgamento, mas não podemos deixar de garantir a segurança", continuou o responsável, que garantiu ainda que a polícia estava a fazer um "trabalho muito positivo". 

Já quanto à causa de morte, defendeu que essa é uma questão de saúde e que não está ligada ao tema da segurança.

Mahsa Amini morreu na sexta-feira depois de dois dias em coma. A jovem foi detida por esta polícia especial depois de não  utilizar o hijab da forma correta. A morte de Amini levou a uma onda de protestos, inclusive funeral, dado que as mulheres são vítimas de regras restritas. O tema do cumprimento dos direitos humanos no país voltou a ser tema de conversa, e a onda de protestos levou até que muitas mulheres esteja a cortar os cabelos e a queimar o hijab como forma de solidariedade.

O corpo de Amini foi transportado, no sábado, para a sua cidade natal Saghez, a 460 quilómetros de Teerão, na província do noroeste do Curdistão.

As autoridades lançaram investigações sobre a sua morte após ordem do presidente Ebrahim Raisi, informou o meio de comunicação estatal. 

Segundo a lei sharia do Irão, imposta após a revolução de 1979, as mulheres são obrigadas a cobrir os cabelos e usar roupas largas para disfarçar as suas curvas.

Leia Também: Cortam cabelo e queimam hijab em revolta pela morte de jovem iraniana

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