Líbano acusa Israel de atacar o seu território com artilharia
O Líbano acusou Israel de ter atacado esta manhã o seu território com artilharia, ação que o exército israelita justificou como uma resposta ao lançamento de um 'rocket' a partir daquela zona.
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Mundo Líbano
Num comunicado divulgado hoje, o comando do exército libanês avança que cerca de meia centena de projéteis e 40 sinalizadores foram lançados pelo "inimigo israelita" contra o sul do Líbano num período de duas horas, sem que se tenham registado vítimas ou danos materiais.
Por sua vez, o grupo xiita libanês Hezbollah, que controla a região sul do país, disse num outro comunicado que as forças israelitas lançaram duas rondas de artilharia no domingo à noite, tendo 16 e nove projéteis, respetivamente, atingido território libanês.
O movimento armado e político diz ter contabilizado também pelo menos duas dezenas de sinalizadores provenientes do outro lado da denominada Linha Azul, a fronteira de facto delineada pela Organização das Nações Unidas (ONU) entre os dois países, e garantiu que um deles provocou um incêndio após cair numa zona de floresta.
O Estado judeu justificou a ação como uma resposta ao lançamento prévio de um 'rocket' a partir de território libanês, algo que nem o Hezbollah, nem o exército libanês confirmaram, embora o comunicado militar informe que foram encontrados dois foguetes não disparados perto da aldeia de Al Qulayla.
A missão de paz da ONU no Líbano (FINUL) confirmou a ação israelita, que ocorreu apesar de o comandante dos Capacetes Azuis, o espanhol Aroldo Lázaro, ter contactado "de imediato" as autoridades de ambos os lados.
"O major-general Lázaro pediu a todas as partes que evitem uma nova escalada, expressando preocupação com a resposta desproporcional. Terminado o tiroteio, a UNIFIL iniciou uma investigação para esclarecer os fatos", indicou a missão em comunicado.
Desde há mais de um mês que se regista um novo surto de violência entre palestinianos e israelitas, que causou até agora 40 mortos, com ataques contra civis israelitas, extensas incursões militares na Cisjordânia ocupada, graves incidentes no Monte do Templo, em Jerusalém, e, nos últimos dias, o disparo de 'rockets' desde a Faixa de Gaza.
O Hezbollah, acérrimo defensor da causa palestiniana, e o Estado judeu protagonizam ocasionalmente pequenas escaramuças na área de fronteira, mas em agosto passado uma escalada de tensão levou Israel a bombardear o território libanês pela primeira vez desde a guerra em que estiveram envolvidos em 2006.
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