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Hong Kong sobe no Índice de Democracia mas liberdades continuam ameaçadas

A região administrativa especial chinesa de Hong Kong subiu dois lugares (85.º) no Índice de Democracia realizado pelo The Economist Intelligence Unit (EIU), que revelou uma deterioração global da democracia em 2021.

Hong Kong sobe no Índice de Democracia mas liberdades continuam ameaçadas
Notícias ao Minuto

07:44 - 11/02/22 por Lusa

Mundo Hong Kong

Hong Kong continua a ser classificada no índice, divulgado na quinta-feira, como um "regime híbrido", depois de ter sido relegada para o estatuto de "democracia imperfeita" no relatório anterior, na sequência da imposição pelas autoridades chinesas da lei de segurança nacional, em junho de 2020.

O documento, que sustenta o índice, afirmou que "as autoridades chinesas continuaram a cercear as liberdades civis", lembrando que um "grande número de candidatos e partidos da oposição foram proibidos de participar nas eleições locais".

Por outro lado, "sob pressão do governo chinês, as autoridades atuaram contra vários meios de comunicação social e grupos independentes que defendiam uma maior autonomia para o território", salientou.

O Índice de Democracia, que começou a ser elaborado 2006, retrata a situação da democracia em 2021, em 165 Estados independentes e dois territórios, com base em cinco categorias: processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis.

Cada país é classificado num tipo de regime, democracia plena, democracia imperfeita, regime híbrido ou regime autoritário, consoante a pontuação registada numa série de indicadores.

A Noruega, o país mais bem classificado da tabela, com uma democracia plena, pontua nos 9,75, enquanto Portugal, uma democracia imperfeita, está no 28.º lugar, com 7,82 pontos.

De acordo com o relatório, os resultados de 2021 refletiram o impacto negativo da pandemia da covid-19 na democracia e na liberdade em todo o mundo, pelo segundo ano consecutivo.

Afeganistão e Myanmar (antiga Birmânia) caíram para o fundo do 'ranking' da democracia mundial, abaixo da Coreia do Norte.

A pandemia resultou numa diminuição sem precedentes das liberdades, tanto entre democracias desenvolvidas como nos regimes autoritários, devido à imposição de confinamentos e restrições de viagens e, progressivamente, com a introdução de "passaportes verdes" que exigem certificados de vacinação contra a covid-19 para participação na vida pública, indicou o documento.

"Isso levou à normalização dos poderes de emergência, que tendem a permanecer na legislação, e acostumaram os cidadãos a uma enorme extensão do poder do Estado sobre vastas áreas da vida pública e pessoal", salientou ainda o relatório.

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