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Sudão. Pelo menos três mortos hoje, balanço sobe para 60 desde o golpe

Um terceiro manifestante foi hoje morto durante os protestos contra o poder militar no Sudão, que juntaram milhares de pessoas em todo o país e foram reprimidos com tiros e gás lacrimogéneo.

Sudão. Pelo menos três mortos hoje, balanço sobe para 60 desde o golpe
Notícias ao Minuto

18:48 - 06/01/22 por Lusa

Mundo Sudão

Depois de ter anunciado a morte de duas pessoas alvejadas em Omdurmã - uma atingida na cabeça e outra na bacia -, o comité central dos médicos do Sudão relatou a morte de uma terceira vítima, atingida a tiro no peito "pelas forças golpistas" no distrito de Bahri, na capital.

Nazim Sirag, do comité, disse à agência Associated Press que há ainda muitos feridos a registar.

Com a terceira vítima de hoje, sobe para 60 o número de mortos na repressão dos protestos desde o golpe de Estado de 25 de outubro.

Desde então foram também registados centenas de feridos.

Milhares de sudaneses manifestaram-se hoje por todo o país contra o poder militar e vídeos distribuídos na Internet mostram manifestantes em várias cidades, com bandeiras do Sudão e a gritar "Poder ao povo" e "os militares pertencem aos quartéis".

As redes sociais têm também imagens de nuvens de gás lacrimogéneo sobre os protestos em Cartum e manifestantes a atirar pedras contra os agentes das forças de segurança.

Entretanto, o portal Netblocks, com sede em Londres e que controla a censura na Internet, informou através da sua conta oficial na rede oficial Twitter que foi registado um corte total de Internet móvel no país, uma medida habitual das autoridades sudanesas quando são convocadas grandes marchas.

O Sudão vive um impasse político desde o golpe militar de 25 de outubro, que ocorreu dois anos após uma revolta popular remover o autocrata Omar al-Bashir e o seu Governo islamita em abril de 2019.

Sob pressão internacional, os militares reinstalaram em novembro o primeiro-ministro deposto no golpe, Abdalla Hamdok, para liderar um Governo tecnocrata, mas o acordo não envolveu o movimento pró-democracia por detrás do derrube de Al-Bashir.

Desde então, Hamdok não conseguiu formar Governo perante protestos incessantes, não só contra o golpe de Estado, mas também contra o seu acordo com os militares e acabou por se demitir no domingo.

Leia Também: Sudão. Forças de segurança lançam gás lacrimogéneo contra manifestantes

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