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Etiópia: EUA condenam "veementemente" expulsão de funcionários da ONU

Os Estados Unidos condenaram hoje "veementemente" a ordem de expulsão da Etiópia de sete responsáveis de agências da ONU, acusados de interferência nos assuntos internos do país, indicou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. 

Etiópia: EUA condenam "veementemente" expulsão de funcionários da ONU
Notícias ao Minuto

20:52 - 30/09/21 por Lusa

Mundo Cooperação

Washington "não hesitará" em "usar qualquer ferramenta à sua disposição", acrescentou, lembrando que as autoridades norte-americanas têm a possibilidade de aplicar sanções financeiras aos protagonistas do conflito que assola o norte da Etiópia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros etíope enviou hoje cartas aos sete funcionários pedindo-lhes que deixassem a Etiópia no prazo de 72 horas.

Os funcionários de organismos como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) foram declarados 'persona non grata' por "interferirem nos assuntos internos do país".

O comunicado do MNE etíope surge no dia seguinte à divulgação de uma entrevista do chefe humanitário das Nações Unidas à agência Associated Press, na qual classificou a crise na Etiópia, onde crianças e adultos morrem à fome na região de Tigray devido a um bloqueio governamental de alimentos, material médico e combustível, como uma "mancha" na consciência. 

A guerra na Etiópia começou em novembro do ano passado, perto da época da colheita em Tigray e a ONU alertou que pelo menos metade da próxima colheita irá falhar.

O primeiro-ministro, Abiy Ahmed, enviou o exército para derrubar as autoridades regionais da Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF), que acusa de orquestrar ataques aos campos militares federais

A ONU, através do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse hoje estar "chocada" com a expulsão de sete funcionários de agências da ONU na Etiópia, devido à alegada ingerência nos assuntos internos, nomeadamente sobre a guerra em Tigray.

Guterres mostrou-se chocado com a decisão da Etiópia e declarou que a ONU está em conversações com o Governo etíope para garantir que "o pessoal da ONU em questão" possa "continuar o importante trabalho" no país.

"Todas as operações humanitárias da ONU são guiadas pelos princípios fundamentais da humanidade, imparcialidade, neutralidade e independência. Na Etiópia, a ONU está a fornecer assistência para salvar vidas - incluindo alimentos, medicamentos, água e saneamento - a pessoas em necessidade desesperada", salientou Guterres.

O secretário-geral afirmou que tem "plena confiança no pessoal da ONU na Etiópia para fazer este trabalho".

"A ONU está empenhada em ajudar o povo da Etiópia que depende da assistência humanitária", frisou Guterres.

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