Centenas de pessoas manifestam-se contra detenção de canadianos na China
Centenas de pessoas manifestaram-se hoje na cidade Otava para assinalar o milésimo dia da detenção pela China dos cidadãos canadianos Michael Kovrig e Michael Spavor, acusados de espionagem.
© Reuters
Mundo Otava
O ex-diplomata Michael Kovrig e o consultor Michael Spavor foram detidos em dezembro de 2018 na China por espionagem, causando uma crise diplomática sem precedentes entre Otava e Pequim..
"Estas detenções são injustas", salientou a mulher de Kovrig, Vina Nadjibulla, no comício que decorreu hoje na capital canadiana, citada pela agência France-Presse.
Vina Nadjibulla considerou ainda que a manifestação constituiu uma forma de "pedir uma ação para finalmente quebrar o impasse, trazê-los para casa e fazer o que for possível para acabar com essa injustiça".
Além de Otava, decorreram hoje protestos com o mesmo objetivo em outras cidades canadianas, mas também em Bruxelas, em Nova Iorque, em Washington e em Singapura.
A detenção dos dois cidadãos é vista pelo Canadá como uma medida de retaliação após a prisão da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, a pedido dos Estados Unidos.
O ministro canadiano dos Negócios Estrangeiros, Marc Garneau, bem como vários elementos da oposição e o embaixador dos Estados Unidos no Canadá, participaram da manifestação de hoje.
Michael Spavor foi condenado a 11 anos de prisão, um veredicto considerado "absolutamente inaceitável" por Otava, enquanto Michael Kovrig está a aguardar ainda o julgamento.
Kovrig é um antigo diplomata que, no momento da detenção, trabalhava para a unidade de investigação Crisis Group, enquanto Spavor é um empresário especializado em negócios com a Coreia do Norte.
Ambos foram presos na China dias depois da detenção, no Canadá de Meng Wanzhou, na sequência de um pedido de extradição feito por Washington a Otava, após acusá-la de fraude bancária por ter violado as sanções contra o Irão.
Meng, filha do fundador da Huawei, fazia escala no Canadá a caminho do México e as audições do seu caso foram concluídas no mês passado, mas o veredicto ainda deve demorar vários meses.
A executiva da Huawei está em liberdade condicional e vive com a sua família numa das duas mansões que possui em Vancouver.
Os "Michaels" (como são popularmente conhecidos Kovrig e Spavor) permanecem em isolamento, com visitas limitadas de pessoal consular canadiano.
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