Fação da Al-Qaeda felicita talibãs pela tomada do poder no Afeganistão
O grupo ligado à Al-Qaeda na península arábica (Aqpa) felicitou hoje os talibãs pela reconquista do poder no Afeganistão e comprometeu-se a continuar a luta no Iémen contra os inimigos do Islão.
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Mundo Afeganistão
"A vitória e a tomada do poder significam que a 'jihad' [guerra santa] e o combate representam os meios legítimos e reais, com base na 'sharia' (lei Islâmica), para restabelecer os direitos e expulsar os invasores e os ocupantes", refere um comunicado da fação da Al-Qaeda no Iémen.
Enquanto ocuparam o poder no Afeganistão, entre 1996 e 2001, os talibãs protegeram os membros da Al-Qaeda, o que levou os Estados Unidos a invadir o país na sequência dos atentados contra as Torres Gémeas de Nova Iorque, no dia 11 de setembro de 2001.
O mesmo comunicado do Aqpa refere também que o "jogo da democracia" é uma "miragem enganosa".
A posição da fação da Al-Qaeda no Iémen foi retransmitido pelo portal Site, que acompanha as atividades dos grupos 'jihadistas' nas redes sociais.
Os Estados Unidos consideram o Aqpa como a fação mais perigosa da Al-Qaeda, tendo efetuado ataques contra os 'jihadistas' no Iémen após os atentados de 11 de setembro.
Na segunda-feira, os combatentes do Aqpa comemoraram a reconquista do poder no Afeganistão pelos talibãs com fogo de artifício, de acordo com testemunhas de várias regiões do Iémen citadas pela France Press.
Nas últimas conversações com representantes norte-americanos, os talibãs comprometeram-se a não proteger os combatentes da Al- Qaida ou outros grupos terroristas.
As questões relacionadas com a Al-Qaeda são um dos pontos que consta da negociação de retirada das forças norte-americanas do Afeganistão, acordada em fevereiro de 2020.
As forças talibãs reconquistaram o poder no domingo, proclamando o Emirado Islâmico no mesmo dia em que o então Presidente afegão partiu para o exílio.
Os avanços dos combatentes talibãs começaram em maio, altura em que os Estados Unidos iniciaram a retirada das 34 províncias do Afeganistão, tal como estava previsto nos acordos de 2020.
Os combates durante a semana passada concentraram-se sobretudo nas nove províncias do norte do Afeganistão, uma zona de pouca influência talibã, e junto às fronteiras com o Irão e o Paquistão, no sul.
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