Oh Keo-don demitiu-se no ano passado do cargo de líder da autarquia desta cidade portuária, conhecida também pelo festival internacional de cinema.
Três meses mais tarde, o presidente da câmara de Seul, Park Won-soon, suicidou-se depois de ter sido acusado de assédio sexual por uma subordinada.
Os dois homens pertenciam ao Partido Democrático, de centro-esquerda, do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in.
Oh, de 72 anos, alegou sempre que o contacto com as funcionárias foi acidental, enquanto ao chegar ao tribunal disse aos jornalistas que a culpa era "de todos".
O juiz do Tribunal Distrital de Busan, Ryu Seung-woo, considerou que o arguido tinha abusado da "posição de superior" para assediar as subordinadas.
"As pessoas, que não deviam ter sofrido, ainda estão a sofrer", acrescentou, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
A sociedade sul-coreana permanece profundamente conservadora nas questões sociais, apesar de uma economia em expansão. As vítimas de assédio sexual enfrentam frequentemente fortes pressões para permanecerem em silêncio.
O movimento #metoo, de denúncia de assédio e violência sexual contra as mulheres, tem levado a algumas mudanças na Coreia do Sul, desde que uma procuradora, Seo Ji-hyun, acusou publicamente um supervisor de a apalpar insistentemente num funeral.
Outro caso de grande visibilidade foi o do antigo candidato presidencial Ahn Hee-jung, acusado de violação pela secretária e condenado em fevereiro de 2019 a três anos e meio de prisão.
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