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Reunião de embaixadores da NATO na terça para discutir desvio de avião

Os embaixadores dos Estados-membros da NATO vão reunir-se na terça-feira para discutir o desvio e a aterragem forçada de um avião civil na Bielorrússia para deter um opositor, avançou hoje uma fonte da Aliança Atlântica.

Reunião de embaixadores da NATO na terça para discutir desvio de avião
Notícias ao Minuto

13:40 - 24/05/21 por Lusa

Mundo Bielorrússia

"Os aliados estão a realizar consultas sobre a aterragem forçada de um avião da Ryanair por parte da Bielorrússia e os embaixadores irão discutir a situação amanhã [terça-feira]", referiu a mesma fonte, identificada como um responsável da NATO, em declarações à agência noticiosa France Presse (AFP).

As autoridades bielorrussas detiveram o jornalista Roman Protasevich no domingo, depois de o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ter ordenado que um voo da companhia aérea Ryanair, que fazia a ligação entre Atenas (capital da Grécia) e Vilnius (capital da Lituânia), fosse desviado para o aeroporto de Minsk (capital da Bielorrússia).

Perante tal situação, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, denunciou no domingo "um incidente sério e perigoso" e pediu "uma investigação internacional".

Tanto a Grécia como a Lituânia são Estados-membros da NATO e da União Europeia (UE).

A UE defendeu hoje igualmente a realização de uma investigação internacional sobre o desvio e a aterragem forçada do avião civil, com os chefes de Estado e de Governo dos 27 do bloco comunitário, reunidos em cimeira hoje e terça-feira, a avançarem para a discussão de "possíveis sanções" contra a Bielorrússia.

"A UE considerará as consequências desta ação, incluindo a adoção de medidas contra os responsáveis", disse hoje o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, numa declaração em que pediu também a "libertação imediata" do jornalista e opositor Roman Protasevich.

Os Estados Unidos da América (EUA), país que também integra a NATO, também pediram a "libertação imediata" do jornalista e opositor de 26 anos, que foi detido pelas forças de segurança bielorrussas no aeroporto de Minsk após a aterragem forçada.

Este incidente está a colocar novamente a Bielorrússia no centro da indignação e das críticas da comunidade internacional.

A Bielorrússia atravessa uma crise política desde as eleições de 09 de agosto de 2020, que segundo os resultados oficiais reconduziram o Presidente Alexander Lukashenko, no poder há mais de duas décadas, para um sexto mandato, com 80% dos votos.

A oposição denunciou a eleição como fraudulenta e reivindicou a vitória nas presidenciais.

Desde então, o país testemunhou grandes protestos populares para exigir o afastamento de Lukashenko, manifestações essas que têm sido reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.

Após o escrutínio e a violenta repressão dos protestos, a UE (que não reconheceu os resultados das eleições de agosto) e os EUA avançaram com sanções contra o regime de Minsk.

No passado dia 10 de maio, Josep Borrell indicou que a UE estava a preparar-se para reforçar as sanções contra o regime bielorrusso.

Apesar das sanções europeias e norte-americanas que visam Alexander Lukashenko e altos responsáveis da sua equipa governativa, o regime de Minsk, que conta com o apoio da Rússia, não tem dado qualquer sinal de abertura e tem mantido o clima de repressão.

Leia Também: Bielorrússia: Organismos internacionais devem pronunciar-se sobre avião

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