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Militante pelos direitos dos homossexuais agredido no Uzbequistão

Um militante pelos direitos dos homossexuais no Uzbequistão foi violentamente agredido e hospitalizado com uma perna partida e ferimentos na cabeça, anunciou hoje a polícia deste país da Ásia Central.

Militante pelos direitos dos homossexuais agredido no Uzbequistão
Notícias ao Minuto

17:28 - 29/03/21 por Lusa

Mundo Uzbequistão

Segundo um comunicado dos responsáveis policiais, Miraziz Bozorov foi agredido na tarde de domingo perto da sua residência por desconhecidos, que se puseram em fuga.

O comunicado também descreve Bozorov, um militante muito crítico do conservadorismo e do Governo deste país de maioria muçulmana, como um provocador.

A agressão registou-se algumas horas após uma manifestação de protesto contra os homossexuais na capital Tachkent que reuniu várias dezenas de pessoas, com diversas detenções por "hooliganismo".

Esta manifestação foi convocada após um apelo de Bozorov à abolição da lei que proíbe relações sexuais entre homens, e quando o Uzbequistão, a par do Turquemenistão, continua a ser o único país da Ásia Central onde a homossexualidade é ainda criminalizada.

O Ministério do Interior uzbeque difundiu um vídeo que exibe vários manifestantes detidos a lamentarem as suas ações, mas o vídeo também critica Bozorov que, segundo a polícia, exibiu "um comportamento depravado e o desrespeito intencional pelas regras de comportamento em sociedade".

O embaixador do Reino Unido no Uzbequistão, Tim Torlot, denunciou a agressão a Bozorov, considerando-a "indesculpável".

O Presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, já declarou que a abolição da lei que criminaliza a homossexualidade não está na ordem do dia.

O seu antecessor, Islam Karimov, que dirigiu de forma autoritária o país durante 25 anos até à sua morte em 2016, qualificava a homossexualidade como uma forma "comum" das doenças mentais.

Apesar de ter emitido sinais de desanuviamento, através da aplicação de reformas políticas e económicas desde a sua chegada ao poder, Mirziyoyev manteve certos dispositivos autoritários do seu predecessor.

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